23/05/2009

constelação

o céu é uma abóbada de lótus
tudo é público...

as abstrações, os vapores... desprezíveis!

só existe a prostituta, qualquer prostituta
que conta estrelas, só
despojada, infernal
pernalta
gritante

e na última constelação
só ela vibra, ruflando asas
voando...

sobre horizontes pudicos e justos

carlos ernesto - flutuais, 1985

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