20/08/2009

ode ao vinil

uma agulha suja
por muitos acordes
suicidas enche-me
de catástrofes
entre o sentido
e a dissimulação
do seu destino

lá fora dançam impessoais
as personagens-fantasma
da poética mutilação
do eterno retorno
que lá dentro dança
fora de si

espero-me em silêncio
tal anjo perdido
poeticamente distorcido
pela palavra

espero-te ao espelho quebrado
sem nada para te dar
entre gemidos agudos e graves
na camisa de sete forças
da palavra

A. Dasilva O. (portugal)

Nenhum comentário:

Postar um comentário