28/02/2010

américa latina: lúcida e ousada... (II)


A IV Frota em ação: um porta-aviões chamado Haiti
Aqui o autor mostra como o terremoto no Haiti foi extremamente interessante para os interesses geopolíticos americanos, dando aos EUA a oportunidade de - com uma rapidez suspeita de tão impressionante e precisa - deslocar mais de dez mil soldados para o país devastado, promovendo uma verdadeira ocupação militar de portos e aeroportos sob pretexto de ajuda humanitária. Esses milhares de soldados com certeza estarão mais próximos do cenário de um eventual conflito entre Venezuela e Colômbia.

O xadrez mundial do petróleo: Brasil
Exaustivo e instrutivo texto de um professor , Numa análise séria e com dados convinncentes, sem viés ideológico, o texto nos torna mais lúcidos acerca da intensidade das mudanças que estão a ocorrer na América Latina e, em especial com relação ao Brasil, e como essas novas situações de poder – principalmente na questão da energia e das democracias populares estão a incomodar o poder imperial americano e suas forças auxiliares, as elites regionais da América Latina.

Malvinas: colonialismo e soberania
Breve texto de Gilson caroni, a alertar que a questão das Ilhas Malvinas interessa a todos os povos da América Latina e não apenas ao povo argentino. Junte-se a inciativa britânica - de enviar considerável força militar para o sul de nosso continente - com a reativação da IV Frota dos EUA e certamente teremos que que nos perguntar se mais uma vez os ingleses estariam cumprindo o seu papel de lacaios dos EUA, numa eventual militarização do Atlântico Sul que, não por coincidência, é onde estão as fabulosas reservas do petróleo brasileiro na camada de pré-sal.

A politica da administração Obama ameaça a humanidade
No endereço abaixo uma análise de como a opção dos EUA pela militarização e pela guerra se espalha pelo mundo afora. Oportunamente indicaremos outros textos acerca da estratégia americana no arco geográfico que engloba o Afeganistão, o Paquistão, o iraque e o Irã.
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A matéria abaixo foi transcrita na íntegra da site da Folha Online, publicada no dia 23 de dfeevreiro, e aborda com competência e concisão a iniciativa da criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.
E como é apenas uma matéria informativa, sem viés ideológico, não é preciso que o leitor tenha receios ou torça o nariz, pelo fato de ter sido extraída de um dos muitos veículos de comunicação que temem e combate ma consolidação de uma democracia real e popular no nossso país.
"Os países de América Latina e Caribe aprovaram nesta terça-feira, em cúpula regional no México, a criação de um novo bloco regional, sem os Estados Unidos e o Canadá. Os estatutos da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos serão definidos apenas em 2011, em reunião em Caracas (Venezuela), anunciou o presidente do México, Felipe Calderón.

O grupo, considerado uma versão B da OEA (Organização dos Estados Americanos), "deverá, prioritariamente, impulsionar a integração regional com o objetivo de promover nosso desenvolvimento sustentável, de impulsionar a agenda regional em fóruns globais, e de ter um posicionamento melhor frente aos acontecimentos relevantes mundiais", disse Calderón ao ler parte da declaração final.
Calderón inclui ainda na lista de tarefas do novo grupo defender os direitos humanos e a democracia e ampliar a cooperação entre a América Latina e os países do Caribe.
A criação do novo bloco "é de transcendência histórica", completou o presidente cubano, Raúl Castro, durante a sua participação na Calc (Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe). "Cuba considera que estão dadas as condições para se avançar com rapidez na constituição de uma organização regional puramente latino-americana e caribenha".
O grupo foi criado para que a região tenha uma voz uníssona nos fóruns multilaterais. O maior apoio à iniciativa vem dos presidentes de esquerda da região, como o venezuelano Hugo Chávez e o boliviano Evo Morales, que defendem o novo organismo como uma opção ao "imperialismo" dos Estados Unidos.
A ideia é que o novo organismo reúna o Grupo do Rio e a Comunidade do Caribe (Caricom), funcionando paralelamente à OEA, criticada no seu papel de guardiã da democracia regional depois dos seus infrutíferos esforços para reverter o golpe de Estado de junho em Honduras.
Aos olhos dos especialistas, a OEA não conseguiu por completo integrar uma região dividida entre esquerda e direita. Cuba se nega a reintegrar o organismo, depois de uma suspensão de quase meio século por pressões dos EUA.
EUA
Antes da criação do novo grupo regional, autoridades americanas minimizaram os efeitos da Comunidade na OEA.
O secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou em entrevista à rede americana CNN nesta terça-feira que o novo bloco não competiria com a organização. "Não vejo assim. Se trata mais de caminhar e estimular a integração. A OEA tem um papel importante a desempenhar em coisas de caráter hemisférico", declarou Insulza.
Na véspera, o número um da diplomacia americana para a América Latina, Arturo Valenzuela, e o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, utilizaram mesmo tom.
Valenzuela disse nesta segunda-feira que o projeto de criação de um bloco que não tenha participação dos Estados Unidos não incomoda e descartou que esse eventual novo bloco de 32 países suplante a OEA.
Já Shannon disse, durante encontro na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que nada pode substituir a OEA. "OEA é OEA, um espaço sumamente importante para que todos os países do hemisfério possam ter um diálogo político. Esta importância só vai aumentar com o tempo. A capacidade das Américas, diferentes Américas, Caribe, América Central, América do Sul, de dialogar é uma coisa boa e vamos apoiar."
Burocracia
Um total de 25 chefes de Estado e de governo participam da cúpula, com sete chanceleres. Honduras, que estava na lista de 33 países que deveriam participar do encontro, foi excluído por estar suspenso da OEA (Organização dos Estados Americanos) desde o golpe de Estado de junho de 2009 que tirou Manuel Zelaya do poder.
Segundo o presidente mexicano, o nome Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos ainda não é definitivo e deve ser definido ao longo do processo de constituição que começou nesta terça-feira e deve culminar com as reuniões na Venezuela, em 2011, e no Chile, em 2012.
"Me parece que, como disse Raúl Castro, que o nome não tem que ser o primordial", disse Calderón, ao afirmar que nos próximos encontros da Calc e do Grupo do Rio talvez surja uma opção definitiva.
Calderón explicou ainda que, enquanto os trâmites para a criação não sejam concluídos, a Calc e o Grupo do Rio manterão suas agendas, métodos de trabalho, práticas e procedimentos "a fim de assegurar o cumprimento de seus mandatos". "
(publicado no site da Folha Online, em 23/02/2009)

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