26/05/2010

a igreja progressista e o mar da história

É muito benvinda essa retomada das ações da CJP (veja texto acima) e de outros setores progressistas da Igreja Católica, nesse momento de fragmentação, de cooptação e de um certo imobilismo nos movimentos sociais e populares. Com certeza, esses setores progressistas têm feito muita falta no atual cenário das lutas populares e  sociais. Afinal, as CEBs - Comunidades Eclesiais de Base, ainda  têm uma forte presença no meio da população e dos movimentos sociais e populares.

Sem dúvida, esse é um dos primeiros desafiso dos etores progressistas: resgatar, integrar e direcionar essa presença e essa história das CEBs,  para participar mais ativamente do processo de trasnformação social.
Sem obviamente confundir e cometer excessos, sem reduzir a religiosidade à mera ação e pregação política.

Há lugar para todos dentro da Igreja Católica. Afinal,  não se pode querer que todos os católicos  se refugiem nos inúmeros barquinhos da salvação individual ou grupal, proporcionada pelos diversos movimentos  dentro da Igreja Católica, enquanto o mar da hsitória se torna cada vez mais encapelado e ameaçador.
Alguém tem que sair e enfrentar a fúria e os perigos, a navegar no mar aberto da história; os católicos também podem e devem optar por exercer a sua fé e religiosidade como corajosa e generosa ação transformadora.

E com certeza a ação transformadora dos setores progressistas da Igreja Católica faz a diferença, com a sua vocação para comungar cotidiano e mistério, política e mística, imanência e transcendência. Não dá para toda a Igreja ignorar o mar dos homens, refugiando-se nos barquinhos dos movimentos religiosos ou no grande barco da tradição e da hierarquia.

E talvez não seja tão utópico acreditar  e trabalhar para que as diversas 'igrejas' dentro da Igreja Católica possam  navegar juntas no  mar da história, senão no mesmo barco, ao menos na mesma direção.

Afinal, se é verdade que São Pedro tem as chaves da Igreja, a Igreja tem em mãos algumas chaves que certamente ajudariam em muito a abrir e aclarar caminhos para o Ocidente. Resta saber se terá tempo de usá-las, no caso de o mar se tornar por demais perigoso e naufragante, no caso de a  barbárie se instalar de forma irreversível.     


No blog da CJP, recomendo e leitura do artigo Crises, feridas e cicatrizes, do Pe Alfredinho

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