11/10/2011

steve jobs: outro olhar, junto com justin

Embora já tenha passado a avalanche de homenagens a Steve Jobs, vale ler agora um texto um pouco mais reflexivo,  que, sem tirar os méritos profissionais de Jobs, vai na contramão desse endeusamento irrefletido, dessa recorrente e doentia necessidade que as pessoas (em meio à  instabilidade e perplexidade geradas pela manipulação do capitalismo) têm de criar mitos, símbolos, referências, que, no mais das vezes, são descartadas depois e um certo tempo, depois de servirem como catarse e anestesias e de serem susbstituídos por novas referências e 'celebridades'.

O texto mostra Jobs estava mais para eficiente e inovador comandante capitalista do que para criativo indivíduo a serviço da realização  das pessoas - como se felicidade e plenitrude autênticas pudessem existir defato sem passar antes pela transformação radical desse atual modelo de organziação social e econômica, ao qual o próprio Jobs, como dito acima, serviu com competência, talento e criatividade. Segue o endereço:

A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração
******************
E já que se trata de andar na contramão, um pouco de Rock in Rio e Justin Bieber. Na verdade, é tão esdrúxulo, hilariante e ofensivo chamar o evento no Rio de "rock", que quase nenhum veículo alternativo se preocupou em fazer a crítica do tal evento, que de rock... (risos, risos, risos...já que existem coisas mais sérias contra as quais se indignr)

Afinal, nesses vibrantes dias de outubro,  havia tantos e interessantess acontecimentos pelo  mundo afora para acompanhar: enquanto  militantes de diversas partes do planeta consolidavam a Rebelião dos Povos, nós aqui no Brasil tínhamos que suportar essa gastura lançada  aos nossos ouvidos pela mídia e pelos 'delírios' adolescentes, juvenis e até memso de adultos que viveram as décadas 60,70 e 80 e que, pasme-se, viram no tal evento um resgate de verdadeiro rock.
Credo! Como se diz por aí: a que ponto chegamos! Como estamos perto do Admirável Mundo Novo, de Huxley, e do 1984, de Orwell, com essa triste e patética inversão de conceitos, verdades e memórias...

Mas já que Petersen Filho assumiu para si o sacrifício e a a 'gastura' de comentar Justin Bieber, o texto merece aqui uma indicação, afinal alguém tinha que ao menos tentar colocar as coisas no seu devido lugar - tristes tempos de infância e adolescência plastificadas...

Justin Bieber: mais um produto tipo coca-cola

Pensando bem, em pelo menos algum ponto o budista Steve Jobs faz par com o jovenzinho Bieber: criou mariavilhas tecnológicas para que a entusiamada massa adolescente e adulta possa ver e ouvir, nessas mesmas  maravilhas tecnológicas,  as maravilhas musicais dessa pós-modernidade, sejam as maravilhas do menino Justin, sejam as maravilhas de alguns adultos como o daquele evento no Rio. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário