17/11/2011

um fascinante caminho sem volta - 1

Obviamente que são preocupantes as ações de desocupação de praças e ruas, feitas dias atrás pela polícia, em várias cidades dos Estados Unidos; afinal, a repressão a esse vibrante movimento planetário tenderá também a se tornar planetária.
 
Ninguém é ingênuo de pensar que os comandantes do poder econômico e os governos, sejam de  direita, de centro ou de equerda, irão permanecer inertes à medida que o movimento se tornar relamente de massa, quando passar  a atrair cada vez mais as chamadas, constrangedoramente, de  'pessoas comuns' - aquelas que, por motivos que não cabem analisar aqui, estão acomodadas, anestesiadas ou aprisionadas nas engrenagens da atual organização social.

Quando a participação dessas 'pessoas comuns' for igual ou maior do aqueles que compõem, sustentam  e conduzem o movimento: estudantes, artistas, intelectuais, profissionais liberais, jovens em geral, população de rua, excluídos em geral.
Neste momento certamente comandantes, governos, partidos e entidades de toda espécie terão motivos de sobra para se incomodarem e para tentarem neutralizar, apropriar-se ou simplesmente acabar com esse movimento. 

Afinal, o movimento, nesse ponto futuro, estará ameaçando a sobrevivência de todas essas instâncias que, de uma forma ou de outra, existem em função da atual engrenagem de poder, seja aderindo e sustentando essa  engrenagem, seja contestando e se opondo  a ela, aparentemente propondo alternativas de organização.

Ocorre que não  será simples, rápido ou indolor esse despertar das massas em nível planetário, e a consequente imposição de um Pacto dos Povos aos comandantes  e governos, com a humanidade concretizando, então  e finalmente, a superação da atual e insana organização social e econômica  a que se dá o nome de capitalismo.
Muita repressão, muita desqualifiação, muita tentativa de sedução, de cooptação e de desmonte  acontecerá, até chegarmos a esse despertar planetário e  à construção desse Pacto dos Povos.
(continua)

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