13/02/2012

grécia, frança, egito, portugal: tragédias e resistências

E prossegue a árdua caminhada do povo grego rumo à soberania e à dignidade.
Desde dezembro de 2008, esse povo tem dado mostras de uma admirável persitência na luta contra a imposição de medidas arrogantes e antidemocráticas, que visam descaradamente salvar os créditos que, supostamente,  os grandes bancos do  sistema financeiro internacional teriam o direito de receber do governo da Grécia. 
O que está de fato por detrás da dívida grega não é de fácil entendimento. Antes de aceitar o veredicto simplista, que coloca a culpa da cise numa suposta vocação do povo grego para a gastança irresponsável, é preciso debruçar-se sobre dois fatores fundamentais: a forma como foi implantado o Euro, beneficiando principalmente França e Alemanha, em detrimento dos países mais fracos da Europa e o poder descabido dos sistema financeiro internacional. Os textos abaixo mostram mais uma capítulo dessa admirável resistência do povo grego.     
É  fundamental acompanhar e contribuir, seja de que forma for, para uma vitória da luta popular do povo grego, pois ela terá importantes consequências não apenas para  a Grécia e para a Europa, mas para todos os povos do planeta. Poderá simbolizar o início de uma reviravolta no embate dos povos contra a irracionalidade do atual sistema econômico e político, poderá ser a primeira vitória concreta de um povo contra  a cada vez mais perigosa irracionalidade do capitalismo.
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Saindo do plano das moblizações de rua para o campo institucional:  mesmo que não ocorra uma  revolução de verdade na Grécia, com a tomada de poder por parte dos movimentos populares e partidos efetivamente de esquerda, ainda assim é possivel antever uma vitória das forças populares nas eleições de . Veja em Atenas arde...
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Uma outra resistência que começa a se desenhar, também na Europa, é a do povo francês. Embora as manifestações populares, que lá ocorreram nos dois últimos anos, não tenham tido a magnitude, a regularidade e o ardor daquelas da Grécia, há a possibilidade de que o povo francês eleja um candidato socialista.
É claro que o histórico recente do Partido Socialista francês não permite confiar muito numa ruptura radical com o neoliberalismo,  mas pelo programa e pelas posturas do candiato socialista François Hollande, talvez venhamos a ter medidas concretas que possam, finalmente, fazer a segunda potência da Europa vir a romper com as políticas econômicas e sociais que ainda tentam, a todo custo, salvar essa decadente mas cada vez mais perigosa forma de capitalismo. 

O texto  O giro à esquerda... traz iformações sobre a atual situação política e eleitoral da França  e o texto França, da esquerda à direita faz uma breve, mas instrutivo e realita panorama da história das lutas populares em terras francesas, da  Revolução de 1789 até chegar à capitulação recente dos socialistas ao neoliberalismo.
É aguardar para ver o que acontece em maio.
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E não se pode esquecer a também admirável luta do povo egício. Embora fosse preferível que o povo egípcio voltasse às ruas por outro motivo, que não uma resposta à trágica e impiedosa chacina no estádio de futebol, visando os torcedores do Ahly, chacina  certamente arquitetada por uma obscura articulação de militares, conservadores e interesses capitalistas europeus-americanos no Egito. Afinal, as torcidas organizadas tiveram, têm e terão um papel fundamental nas lutas populares do Egito. Veja em As torcidas organizadas e a revolução egípcia.

Ainda sobre o Egito,  Desvelar já publicou, entre várias outras postagens, tahrir-uma-praca-feita-para-revolucao.html   e   o-povo-egipcio-resiste.html
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E por fim, mas não menos importante, em Portugal  o povo começa a consolidar a sua resistência, que começou em 2011: Portugal vive maior protesto dos últimos trinta anos.

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