08/11/2012

poema de finados - 2

e como condenados

e como condenados
por trás de horas desapiedadas
ao vento confiamos
clandestinas mensagens, testemunhos
de que passamos, de que compreendemos
e tivemos um breve senhorio

para que ninguém
nos confunda
amanhã com o nada.

miguel d'ors - espanha  (1946  -   )
veja também poema da casa assassinada