Waldo Motta é poeta nascido em Boa Esperança, norte do Espírito Santo. A marca mais conhecida de sua poesia é um homoerotismo contundente e às vezes desbocado, mas nem por isso menos lírico e inventivo Não se trata meramente de poesia que apela tão somente para o choque, a porrada verbal, o escândalo.
Se lida com atenção, a poesia homoerótica é apenas uma das tonalidades de sua fala - e, para alguns, nem é a mais rica, é apenas a mais impactante, aquela que dá mais platéia; há que saber saborear a sua poesia social, a existencial e a de fundo religioso ou místico.
Se lida com atenção, a poesia homoerótica é apenas uma das tonalidades de sua fala - e, para alguns, nem é a mais rica, é apenas a mais impactante, aquela que dá mais platéia; há que saber saborear a sua poesia social, a existencial e a de fundo religioso ou místico.
Na realidade, em suas criações mais recentes, Waldo parece buscar uma espécie de superação do próprio conceito de poesia, ou pelo menos do conceito de poesia predominante na literatura ocidental - tentativa de superação que se concebe como estando até mesmo à frente de conceituadas linhas de vanguarda.
É uma poesia que busca fundir elementos aparentemente díspares como hebraísmos, cabala, numerologia, lendas, linguagens e cosmogonias de nossos indígenas, tudo isso sem abrir mão da inventividade, do verso burilado, mas principalmente sem abrir mão do sentido, da mensagem - para usar termos mais técnicos, Waldo Motta ainda é um poeta que não se deixa levar somente pela melopéia (dimensão sonora) nem pela fanopéia (elementos visuais do poema) mas também e prioritariamente pela logopéia (dimensão do sentido, do entendimento). Ou em bom português, e como o próprio Waldo diz em suas oficinas e preleções teóricas, é uma poesia que ainda tem a preocupação com o conteúdo, que se preocupa em comunicar algo ao leitor, em estabelecer uma ponte mínima que seja.
É uma poesia que busca fundir elementos aparentemente díspares como hebraísmos, cabala, numerologia, lendas, linguagens e cosmogonias de nossos indígenas, tudo isso sem abrir mão da inventividade, do verso burilado, mas principalmente sem abrir mão do sentido, da mensagem - para usar termos mais técnicos, Waldo Motta ainda é um poeta que não se deixa levar somente pela melopéia (dimensão sonora) nem pela fanopéia (elementos visuais do poema) mas também e prioritariamente pela logopéia (dimensão do sentido, do entendimento). Ou em bom português, e como o próprio Waldo diz em suas oficinas e preleções teóricas, é uma poesia que ainda tem a preocupação com o conteúdo, que se preocupa em comunicar algo ao leitor, em estabelecer uma ponte mínima que seja.
Waldo Motta ministrou recentemente a Oficina Poiesis. Site do poeta: http://br.geocities.com/waldomottapoeta/home.html
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