29/05/2012

e continuamos banhados pela cachoeira de hipocrisias...

(hipocrisias e contradições próprias da decadente democracia representativa)  

Três textos sobre  o encontro entre o "chantagista"  Lula e o 'democrata'  Gilmar Mendes:

E, abaixo, mais informações acerca do Caso Cachoeira, que,  ao que tudo indica esconde intrincadas e obscuras relações  da imprensa nacional com o crime organizado e com as conspirações políticas. Relações cujas descobertas poderiam colocar definitivamente em xeque a credibilidade de alguns grandes veículos de comunicação e de algumas personalidades da democracia representativa no país. O medo dessas revelações pode estar por detrás das 'últimas' 'revelações' da revista Veja.  

28/05/2012

e deu porco na cabeça...

transcrito de palavras diversas

 Gilmar Mendes já deu dois Habeas Corpus para Daniel Dantas em apenas 48h, discutiu publicamente com o colega Joaquim Barbosa, derrubou um diretor da ABIN...
 Ministro degrada imagem do STF

A revista Veja publicou denúncia gravíssima de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, que afirmou ter sido chantageado por Lula no escritório de Nelson Jobim, em São Paulo, há cerca de um mês atrás.
A Folha de São Paulo e o Estadão, repercutiram rapidamente, como verdade absoluta a versão de Mendes.
Hoje, todos os jornalões, portais de internet e seus respectivos jornalistas mais conhecidos, além da oposição, enfatizaram a fala de Mendes como fato consumado, sem o uso de aspas.

Por outro lado, Nelson Jobim, ex-ministro de FHC e Lula e demitido por Dilma, já havia negado a versão de Gilmar Mendes no sábado, mas foi solenemente ignorado pela imprensa nesta segunda-feira.
A assessoria de Lula soltou uma nota divulgando que fora Gilmar Mendes quem solicitou o tal encontro.
E você, em quem apostaria, se tivesse que dar seu palpite? Bem ao estilo Cachoeira, "empresário de jogos"...
Cravaria na versão de Gilmar Mendes, Veja, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Noblat?

Ou ficaria com a afirmação de Lula, corroborada por Jobim?
No fundo de toda esta robusta montagem midiática de Veja e Mendes, em uma reportagem escrita apenas com as "palavras" de um tardio acusador, avoluma-se uma obscura rede de corrupção patrocinada por Carlinhos Cachoeira, operada por políticos, uma grande empreiteira e alguns jornalistas a serviço da grande imprensa brasileira.

O ataque conjunto destes agentes políticos e das comunicações hoje, nos leva a crer que a aposta dos acusadores seja a de melar a CPMI de Cachoeira e impor, na marra e na manipulação grotesca, a agenda do mensalão na mídia.
Uma pergunta de primeira hora, face a tramóia montada: estaria algum integrante do judiciário escalado no plantel da trama criminosa de Carlinhos Cachoeira?
Aí já é uma outra aposta, pule de dez?
A semana começa e apresenta o primeiro resultado desta jogatina midiática e deu porco na cabeça...

 
Leia a nota divulgada pelo Instituto Lula sobre a "denúncia" de Gilmar Mendes a Veja:

NOTA À IMPRENSA
São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.

2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.

3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.

4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

27/05/2012

os falsos democratas

Não se pode duvidar de nenhuma articulação clandestina, mentirosa e hipócrita, quando o cenário são as instituições da democracia representativa, que dão sustentação ao obsoleto capitalismo que aí está. Desse ponto de vista, claro que ainda falta muito para ser explicado pela direção nacional do PT, acerca daquilo que ficou conhecido como o mensalão.

Cedo ou tarde, o  partido terá que fazer esse acerto de contas, não apenas com  o povo brasileiro, mas com a  sua própria história. E, quanto mais for adiado esse processo de investigação e de absorção de responsabilidades, mais desgaste haverá para o partido - sem contar que, ás vezes, fugir da sua própria história falsifica essa mesma história.
O que seria uma lástima para a história de um  partido  que (em que pese as atuais contradiçoes decorrentes de seus compromissos institucionais)  soube cumprir o seu papel histórico, e se tornou um dos partidos que mais contribuiu para o avanço concreto da transformações sociais no país. 

Por outro lado, isso não significa que qualquer pessoa ou qualquer veículo de comunicação tenha a credibilidade necessária para pautar esse acerto de contas do PT com o povo brasileiro. Muito menos quando esse veículo tem uma história de manipulações e de posturas tendenciosas, tal  como a  revista Veja. E quando essas pessoas têm uma postura completamente antipopular e antidemocrática, tal como  o ministro Gilmar Mendes várias vezes manifestou em suas passagem pelo STF. 

O texto de Carta Maior escancara um pouco desse oportunismo e dessa manipulação, com os quais essas pessoas e esses veículos tentam conduzir fatos e situações em benefício próprio, ou de seus grupos de poder, nunca em benefício da luta do povo brasileiro em busca de sua dignidade e de sua construção de uma história soberana e fraterna.

Gilmar Mendes & Veja: a pauta do desespero

A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes' que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os movimentos sociais e agendas progressistas teve a credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira. VEJA sangra em praça pública. Mas na edição desta semana tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a própria deriva. À falta dos auxilares de Cachoeira, recorreu ao ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que assumiu a vaga dos integrantes encarcerados do bando para oferecer um 'flagrante' à corneta do conservadorismo brasileiro. Desta vez, o alvo foi o presidente Lula.

A semanal transcreve diálogos narrados por Mendes de uma inexistente conversa entre ele e o ex-presidente da República, na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes --sempre segundo a revista-- acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demóstenes Torres, com quem já simulou uma escuta inexistente da PF (divulgada pelo indefectível Policarpo Jr, de VEJA, a farsa derrubou o diretor da ABI, Paulo Lacerda), deveria operar para postergar o julgamento do chamado 'mensalão'.

Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: 'O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha); o Lula saiu antes; durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou.

A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero; possivelmente, investigações da CPI tenham chegado perto demais de promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos. Foram para o tudo ou nada. No esforço para mudar o foco da agenda política e criar um fato consumado capaz de precipitar o julgamento do chamado 'mensalão', jogaram alto na fabricação de uma crise política e institucional. O desmentido de Jobim nivela-os à condição dos meliantes já encarcerados do esquema Cachoeira. A Justiça pode tardar. A sentença da opinião pública não.

24/05/2012

aprendendo com a eurocrise

O texto lembrava que as limitações e contradições, próprias de um governo institucional - principalmente em meio a um momento dramatico e urgente, tal como vivido pela Grécia hoje -  podem fazer o povo grego se decepcionar rapidamente com o provável governo da Syriza e, assim,  partir para uma postura cada vez mais contundente contra o poder do sistemna financeiro internacional e contra os seus representantes na Grécia.
 essa instrutiva entrevista, com o professor norte americano Michael Hudson, aborda com precisão esses limites e concessões dos governos institucionais, ao analisar as possibilidades do novo presidente francês,  o socialista François Hollande.

E traz também mais um pouco de luz sobre a relação do poder político com o corrompido e corruptor poder do sistema financeiro internacional, o qual (fica cada vez mais claro) é realmente o último inimigo a ser derrotado pela luta dos povos do planeta inteiro - depois dessa vitória sobre o poder financeiro, fica também cada vez mais claro, não haverá mais como o decadente, irracional e perigoso capitalismo sustentar, por muito mais tempo, a sua dominação sobre os povos do planeta.

23/05/2012

sobre o apelo da poesia

pra mau (e presunçoso) escrevedor, nem um poema inteiro basta... de qualquer forma segue essa sutil e ao mesmo tempo séria diatribe de dritëro agolli. veja também este outro poema, do qual o poema  abaixo é uma espécie de justificação - e já que se está a falar de vacas, poetas e pássaros, vale também ler dedicado aos papagaios.
E já que se está falando de vacas e tetas generosas, para quem ainda não viu  neste mês há também  a vale, vaca e a pena - embora não haja ligação direta,  nem mesmo indireta, dos poemas com esse último texto, vale conhecer esse trabalho de resistência.    

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Dizes que escrevi demais sobre vacas
E que estraguei demasiados versos com os cereais dos campos.
E então? Tu tens manteiga e leite pela manhã
Ao jantar há sempre esse pãozinho branco
No teu prato e, além disso, o teu clamor por carne.

Sustentas que perdemos alguma emoção poética
Quando, nos nossos versos, falamos de vacas a toda a hora
A intensidade de um poema, dizes, não vem das pastagens
Nasce antes sob a nossa pele - quando uma linha explode
Em palavras, insistes, vindas de alguma reserva sublime.

Escuta, no entanto: no que diz respeito a vacas, eu nunca alcancei
Tudo o que queria, sim, elas merecem muito mais
Por isso não posso separá-las da minha caneta e das minhas folhas,
As vacas são a minha inspiração, a minha primavera, o meu outono
E, se pudesse, ensiná-las-ia a escrever poemas.

Tenho a certeza de que fariam melhor do que a maioria dos nossos bardos!

dritëro agolli  -  albânia (1931 -  ) 

22/05/2012

grécia, a epopéia continua

Desde 2008, este blog acompanha as vibrantes mobilizações populares ocorridas na Grécia. Foram os movimentos libertários e anarquistas aqueles que iniciaram e sustentaram solitariamente, por um longo tempo, os combativos enfrentamentos dos gregos contra as forças da repressão, iniciando e alimentando essa que tem se tornado uma verdadeira epopéia de um povo pela sua dignidade e  autonomia  (veja arquivos agrupados sob o marcador rebelião na grécia, na seção nomes  e temas, à direita do blog).

Também é preciso não esquecer, é claro, a participação lúcida e organizada dos comunistas do KKE (Partido Comunista da Grécia) nessa rebelião do povo grego, ao longo desses anos.

Eis que, agora, nas novas eleições marcadas para junho 2012, há a possibilidade concreta de um partido de esquerda, a Syriza, assumir o governo.
 Claro que, do ponto de vista dos anarquistas e dos comunistas, a vitória da Syriza não levará a um avanço efetivo da luta popular, não haverá real transformação das estruturas de poder  na Grécia. Afinal, sabe-se que vitórias eleitorais e institucionais  implicam em poderes limitados, em alianças e concessões com partidos e grupos econômicos comprometidos com a manutenção da ordem.

De qualquer, vale conhecer um pouco desse partido que talvez venha a mudar radicalmente  os rumos da epopéia do povo grego. E se não houver essa mudança radical, certamente que o povo grego provocará a superação das limitações da Syriza e continuará na  sua admirável resistência e busca da dignidade, e sempre com  a participação decisiva dos anarquistas, dos libertários  e dos comunistas do KKE. 
E, como este blog vem lembrando há muito tempo, o desfecho da epopéia grega deverá  ter profundas consequências para as lutas dos povos da Europa e, em consequência, para as luta dos povos de todo o plantea. Por  isso, a pertinência dos textos que seguem abaixo.


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O que é a Syriza, a esquerda que pode chegar ao poder na Grécia
transcrito de esquerda net

A Coligação da Esquerda Radical surgiu em 2004 e resulta de um processo de diálogo iniciado em 2001 entre muitas correntes da esquerda grega, de inspiração socialista, eurocomunista, ecologista, maoísta e trotskista. Hoje a Syriza é composta por doze organizações e muitas personalidades independentes, entre elas algumas figuras que se afastaram do PASOK (Partido Socialista) nos últimos anos. A Syriza conseguiu alargar sua base de apoio também entre os Indignados da Praça Syntagma e transmitir ao povo grego a esperança de que é possível derrotar a troika e evitar o colapso do país.  Esquerda.net

Em 2001, o movimento altermundista atingia um dos seus pontos mais altos, com centenas de milhares de europeus nas ruas de Gênova contra os senhores do mundo que eram hóspedes de Berlusconi na cúpula do G8. A repressão policial demorou anos a ser condenada na justiça italiana, mas as cúpulas passaram a realizar-se ainda mais às escondidas.

A mobilização grega para esse protesto foi uma das primeiras tarefas do Espaço de Diálogo para a Unidade e Ação Comum da Esquerda, que agrupava várias correntes que já se tinham encontrado noutras lutas, como a oposição à intervenção militar no Kosovo, as privatizações ou a legislação antiterrorista que ameaçava as liberdades civis na Grécia. O "Espaço" foi também determinante para organizar o Fórum Social Grego em 2003.

A figura de referência do "Espaço" era Manolis Glezos, o conhecido resistente ao nazismo que em maio de 1941 subiu à Acrópole e tirou de lá a bandeira da suástica, no que ficou conhecido como o primeiro ato de resistência do povo de Atenas contra a ocupação da cidade no mês anterior. Glezos foi o candidato da aliança eleitoral promovida pelo "Espaço" em 2002 à super-autarquia de Atenas-Piraeus, obtendo 10,8% dos votos. Dez anos depois, voltou a aparecer ao lado de Alexis Tsipras na campanha da Syriza em Atenas antes de encerrar a campanha eleitoral.

A coligação Syriza apresenta-se pela primeira vez a votos com programa eleitoral próprio nas legislativas de 2004 e consegue passar a barreira dos 3% para eleger seis deputados, todos pertencentes à corrente maioritária, o Synaspismos. A coligação conseguiu sobreviver à tensão interna com a substituição da liderança do Synaspismos no fim desse ano e ganhou novo fôlego com a organização do Fórum Social Europeu em Atenas dois anos depois.

2006 foi também ano de eleições autárquicas, com um jovem de 32 anos sendo lançado para a disputa eleitoral em Atenas com o objetivo de abrir o movimento às novas gerações. Alexis Tsipras, líder estudantil nos anos 90 e responsável pelo setor juvenil do Synaspismos, repetiu o resultado de Glezos quatro anos antes e tornou a Syriza na terceira força política na capital grega.
As eleições seguintes (legislativas em 2007 e 2009 e europeias de 2009) vieram confirmar a coligação como uma força ascendente no panorama político nacional, ao mesmo tempo que registaram um alargamento das forças que compõem a coligação. Alexis Tsipras sucedeu a Alekos Alavanos na liderança do Synaspismos e tornou-se líder parlamentar após as eleições de 2009. No ano seguinte enfrentou uma cisão importante no seu partido, que retirou quatro dos treze deputados da coligação para formarem um novo partido, a Esquerda Democrática.
A luta persistente contra a austeridade do governo da troika e os efeitos desastrosos das políticas da crise impostas pela direita e pelo PASOK, bem como a atitude de abertura para a unidade da esquerda por um governo de alternativa aos diktats de Berlim e Bruxelas, tudo isso ajudou a catapultar a Syriza para a primeira linha da oposição na Grécia. Ao contrário do KKE, que se entricheirou na sua linha política nacionalista e cujas práticas sectárias no movimento dos trabalhadores e nas lutas populares não tem paralelo hoje na Europa, a Syriza conseguiu nos últimos anos alargar a sua base de apoio também entre os Indignados da Praça Syntagma e transmitir ao povo grego a esperança de que é mesmo possível derrotar a troika e evitar o colapso do país.

Atualmente, fazem parte da Syriza doze organizações. A corrente maioritária é o Synaspismos, uma antiga coligação entre comunistas que se transformou em partido na sequência da purga de 45% do Comitê Central do PC grego após o fim da URSS. As outras organizações são a AKOA (Esquerda Comunista Ecológica e Renovadora, membro observador do Partido da Esquerda Europeia); DEA (Esquerda Internacionalista dos Trabalhadores, próxima da tendência trotskista internacional IST, fundada por Tony Cliff); DKKI (Movimento Democrático Social, corrente que saiu do PASOK em 1995); KOE (Organização Comunista da Grécia, de inspiração maoísta, integrou a Syriza em 2007); Kokkino (Vermelho, corrente de inspiração trotskista); Ecosocialistas da Grécia; Cidadãos Ativos (corrente fundada pelo herói da Resistência Manolis Glezos); KEDA (Movimento pela Esquerda Unida na Ação, cisão do PC grego em 2000); Rizospastes (Radicais, cisão dos Cidadãos Ativos, sublinham o patriotismo no discurso); Omada Roza (Grupo Rosa, esquerda radical); e APO (Grupo Político Anticapitalista, corrente de inspiração trotskista).

Para além destas organizações e partidos, e principalmente durante este ano, o Syriza tem sido apoiada por pessoas com diferentes experiências de militância. Nesta campanha para as eleições de 6 de Maio, as mais fortes na polarização contra a troika, deram a cara pela coligação antigas figuras do PASOK como a ex-deputada e atleta olímpica Sofia Sakorafa - que acabou por ser a candidata mais votada – ou Alexis Mitropoulos, responsável pelo desenho das leis laborais nos anos 80. Também Stathis Kouvelakis, professor de Filosofia no King´s College em Londres e Despina Spanou, dirigente do sindicato da função publica Adedy, deram o seu apoio à Syriza nesta campanha.

desvelamento de arabescos

parece:
 pintura abstrata
ou
hieroglífica e poética escritura antiga:
 é  mais um dos quase infinitos desenhos
ofertados pelo Ser
na cósmica e complexa trajetória

21/05/2012

a vaca

A vaca rumina o seu alimento no estábulo cheio de forragem
Eu encosto a cara ao seu flanco enorme
E sinto, vindo do interior das suas profundezas, o calor
O calor do feno colhido nos campos.
Sobre os seus cornos escuros está suspensa uma lâmpada eléctrica
Que traz luz até ao balde do leite.
Não posso abandonar a vaca.
Com a cara encostada ao seu flanco, cheiro o leite coberto de espuma.
A leiteira retira o balde com cuidado
E pára por um instante, com as mãos a pingar.

Diz:
"Você é veterinário?"
Descolo a cara da vaca:
"Não, poeta."
Ela ri-se e estuda-me com os olhos azuis
Simpática, sábia, serena.

Reflecte um pouco e compreende
Que eu não consigo escrever uma linha sem uma vaca...

dritëro agolli - albânia (1931 - )

18/05/2012

rumo à verdade e à lucidez

Além de históricas, foram marcantes, emocionadas, contundentes e, principalmente, oportunas as palavras da Presidenta Dilma Roussef, durante instalação da Comissão da Verdade, em 16.05, em Brasília:

“A força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou”.

“A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantêm latentes mágoas e rancores. A desinformação não ajuda apaziguar, apenas facilita o trânsito da intolerância. A sombra e a mentira não são capazes de promover a concórdia. O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade, e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la”.

Aind sobre o resgate dos fatos ocorridos durante a ditadura 1964-1985, leia também o texto abaixo esquecer jamais... e veja o vídeo abaixo produzido, pelo Levante Popular da Juventude, durante o segundo escracho contra a tortura, em 14 de maio:

15/05/2012

esquecer jamais: levante popular e a comissão da verdade

O Levante Popular da Juventude é um movimento ligado ao Projeto Popular - saiba mais aqui . Sua recentes  ações  e mobilizações têm começado a chamar a atenção, principalmente da chamada mídia alternativa - como se pode ver em algumas matérias de Carta Maior.
Essas recentes ações estão voltadas para a polêmica questão do resgate da verdade sobre  as mortes,  torturas, arbítrios, insanidades e crueldades praticadas pelos doentios agentes da repressão durante o malfadado regime militar.

Aqui se pode ver o que foi o Segundo Esculacho do Levante, realizado na última segunda feira - os Esculachos contra a Tortura são uma série de mobilizações contra torturadores e agentes da repressão da ditadura militar por diversos estados do Brasil. Geralmente os ativistas do Levante se manifestam em frente a locais onde comprovadamente aconteceram torturas, violências diversas e mortes de militantes que lutavam contra a ditadura, ou então em frente a residências  e locais de trabalho daqueles torturadores que estão vivos e impunes.

A foto abaixo ilustra uma dessas ações aqui no Espírito Santo, realizada durante o primeiro esculacho, no princípio de maio.


Essa mobilização, dos jovens ligados ao combativo Projeto Popular, é extremamamente benvinda, num momento em que finalmente o governo Dilma instalou efetivamente a Comissão da Verdade, que irá apurar os crimes ocorridos durante a ditadura. 
É importante que seja feita essa mobilização perante a sociedade civil, pos sabe-se que, na sua tarefa de esclarecer em definitivo a verdade sobre a ditadura,  a Comissão da Verdade terá pela frente muitos obstáculos, pressões e mesmo ameaças.

Para que os seus membros, e o próprio governo Dilma, não recuem, e nem compactuem com uma versão parcial, conciuliadora, dos fatos, é preciso que de fato haja essa consciência popular, esse testemunho da sociedade civil, que por certo dará o suporte popular necessário para a Comissão e para a presidente Dilma - que como todos sabemos tem um interesse especial, e de forma alguam revanchista, em possibiliatar esse acerto de contas (também de forma alguma revanchista) do Brasil consigo mesmo. 
E com certeza as ações do Levante Popular estão começando a despertar essa consciência popular, essa apoio da sociedade civil para que seja, de uma vez por todas, resgatada a verdade sobre o período 1964-1985. 

Um resgate da memória que tem sido, aliás, feito com coragem e lucidez pelo povo e pelo governo de nossa vizinha Argentina. A propósito, acerca das pressões e embates próprios desse dífícil resgate, segue abaixo vínculo pra uma entrevista, exatamante com um jornalista argentino:

Também de Carta Maior, uma matéria sobre o esculacho dessa segunda feira:

a casa grande começa a ruir - parte I

Dois reveladores,  e promissores, desdobramentos das investigações acerca das atividades do bicheiro Carlinhos Cahoeira - na verdade, apenas mais um, entre tantos outros exemplos, das obscuras relações de poder que alimentam a (e se alimentam da) cada vez mais apodrecida engrenagem capitalista, seja num país dos emrgentes BRICS, seja no outrora chamado terceiro mundo, seja nos governos e estados do capitalismo central.

Mas o quente do caso Cachoeira é o desnudamenteo que se poderá ter das relações entre as chamadas atividades ilícitas - que sempre brotam nos sombrios intestinos  das instituições da democracia formal e burguesa - e um certo setor da  tal imprensa livre, que na verdade serve de aparato ideológico e de sustentação dessses mesmos mecanismos instituicionais.

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Na verdade, casos espetaculares e espetaculosos, como o de Carlinhos Cachoeira, José Carlos Gratz (no Espírito Santo) e o jamais esquecido caso  Collor/PC Farias, são apenas os excessos que vez por outra vêm à tona.
De certa forma, até prestam um serviço às tais 'elites', ao transmitirem à sociedade a traiçoeira e enganosa mensagem  de que, se esses excessos e abscessos forem extirpados pelos eficientes mecanismos da democracia burguessa, então não haveria mais com o que se preocupar, em termos de transparência administrativa, de igualdade de oportunidades, de eficiência dos controles das instuições e do dinheiro público, etc etc etc. 

Casos como esses funcionam como uma espécie de catarse, de desagravo  das massas, mas permitindo que tudo volte |à normalidade nos mecanismos que existem para sustentar as 'elites', através da dominação dessas mesmas massas, com a indispensável contribuição dos já bastante conhecidos e eficientes aparatos ideológicos da dominação  burguesa: escolas, igrejas, imprensa, justiça e forças policiais e militares.  

Claro que seria presunçoso e patético  negar  a validade e a necessidade de investigações, inquéritos, CPIs e, por fim, punições. Mas é sempre preciso lembrar, também, que os vícios, limitações e contradições da democracia representativa (mesmo que nela haja um executivo ou um parlamento de esquerda, centro-esquerda ou progressista) continuararão após a explosão e subsequente encerramento desses escândalos.  

13/05/2012

a uefa e a fúria das femen

Embora somente agora as ações do Femen estejam chamando a atenção do mundo para a Eurocopa, essas ousasdas e originais ativistas ucranianas questionam, há muito tempo, a realização
do campeonato na Ucrânia e na Polônia, denunciando que haverá um incremento da prostituição e do turismo sexual durante a realização do evento. É também uma forma de chamar a atenção para os altíssimos indíces de prostituição nesses países da periferia da Europa, como se pode ler abaixo, em matéria transcrita da Folha online.  


11/05/2012

amanhã tem ocupação planetária!!!!

12 de Maio.
Dia de mostrar que continua a resistência global, uma resistência criativa. E  principalmente ousada, que constrói  - para um futuro talvez não tão distante - o colapso do capitalismo, pura e simplesmente através da ocupação e paralisação de ruas,
praças e principais artérias por onde circula o outrora revolucionário e necessário - mas  hoje destrutivo,
corrosivo, venenoso  e obsoleto - fluxo vital da
engrenagem capitalista.

E aqui um belo e ilustrativo vídeo do
movimento Ocupa.

10/05/2012

a vale, a vaca e a pena


Há já 15 anos que  o artista plástico capixaba Kleber Galveas vem fazendo de sua arte uma ferramenta de denúncia dos malefícios provocados pela mineradora VALE (ex-VALE DO RIO DOCE, depois de fraudulentamente privatizada).
Na página  a_vale_a_vaca_e_a_pena.htm  esse persistente e criativo exercício de resistência pode conhecido em detalhes.

Ainda sobre a fraudulentamente privatizada VALE DO RIO DOCE vale conferir aqui no blog outros dois textos que editei: itabiras - crateras e dejetos, (acerca da agressão à paisagem lá na mineira Itabira, onde tudo começou para a VALE do RIO DOCE) e serra da piedade - o estúpido capital, que trata das ameaças da agora estrangeira VALE  a um outro patrimônio cultural, religioso e natural, também localizado lá nas Minas Gerais.

Da página de Galveas trouxe vídeo e letra da música tocada no Carnaval da  Barra do Jucu (balneário em Vila Velha, ES), pelo bloco "A VACA DE FERRO". 
Nas entrelinhas da marchinha é bem lembrada a absurda contradição: para nós ficam   a poluição e uns míseros dólares, na forma de sedativos empregos e parcos impostos, e para o estrangeiro vão não somente os minérios das Minas e da Amazônia (o que até seria coimpreensível, já que as dádivas da Terra a todos os povos pertencem, claro que dentro de um certo limite da sustentabilidade e sensatez ecológica), mas  descaradamente vai também grande parte do dinheiro (na forma de remessa de lucros ou dividendos para acionistas e especuladores) que supostamente pagaria por esse mesmo minério.

Mais absurda que essa contradição é a passiva aceitação dela por parte do povo que construiu a VALE DO RIO DOCE - aceitação tão passsiva quanto a dos governos do PT.
Eis a  marchinha, cantada na segunda parte do vídeo: 


A VACA DE FERRO

A vaca vale a pena
Pra quem só quer mamar
O nosso imperador, tá pra lá de Bagdá.
Pro povo sobra ferro, difícil de respirar
É bloco dos sujos o ano inteiro
Carnaval em palácio
É sem parar.


É cof... cof... cof... cof...
Pulmão dodói a protestar
Casa suja é chiqueiro
Computador sem funcionar
Eu digo e repito: socorro Benedito!
Ta chovendo ferro
Ficando tudo sujo
Aqui no meu lugar

'combater os 'donos' de portugal... e os 'donos' do mundo

O vídeo abaixo vale não apenas por desnudar as relações de força mantidas pela classe dominante em Portugal. Vale como espécie de modelo, para entender como funcionam os mecanismos de poder em qualquer país do mundo, até que os povos de todo o planeta enfrentem e substituam esses 'donos' de Portugal e esses 'donos do mundo.   

Como acompanhamento, dois belos poemas: um, a greve, vindo da sempre rebelde Catalunha e, outro, esperemos, aqui de nossa Latinoamérica, de nosso Neruda, ambos falando de promessas e de novos dias, mas também de lutas e de tarefas. Eis o vídeo sobre o verdadeiro poder em Portugal:  

06/05/2012

fortalece-se o combate à cegueira:

os povos da frança e da grécia se unem à luta dos povos da mérica latina

Dia histórica para o resgate da lucidez política  e social na Europa, num Maio que ainda promete muito. Dia 12 tem mobilização mundial dos movimentos Ocupa.

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O escrutínio da austeridade
transcrito  de carta maior

Se alguém passou distraído por três décadas de domínio neoliberal, os últimos quatro anos ofereceram a oportunidade ímpar de acesso a um compacto eletrizante com as melhores (piores?) cenas do que é capaz a convergência entre finanças desreguladas e austeridade suicida. A vítima desse condensado pedagógico é o corpo social europeu mutilado por governantes armados do firme propósito de privilegiar bancos e credores, ao mesmo tempo em que sacrificam direitos, leis trabalhistas, serviços e investimentos públicos.

As cenas finais dessa imolação tangida pelo chicote germânico de Angela Merkel mostram uma montanha desordenada de escombros sociais e políticos arrematada por 17 milhões de desempregados - recorde europeu no pós-guerra. O conjunto faz da UE hoje a sigla tenebrosa de uma empresa demolidora que devasta a mais sólida rede de conquistas da civilização imposta ao capitalismo pela luta progressista dos últimos 60 anos: o hoje esquelético Estado do Bem Estar Social europeu.

Sob o pó desse desmonte as urnas neste domingo fizeram o escrutínio da austeridade suicida.A rejeição do credo ortodoxo por parte de franceses e gregos amplia a margem de manobra de politicas progressistas no passo seguinte da maior crise capitalista desde 1929. Acima de tudo, os revezes sofridos por Sarkozy e pelos kamizazes gregos envia uma mensagem de urgência ao mundo, e sobretudo aos governantes progressistas: não basta mais lutar a guerra do dia anterior; a denúncia e a execração do credo mercadista estão consolidadas nas urnas.

Trata-se agora, na Europa e no Brasil, como no resto do mundo, de acelerar a construção de alternativas consequentes ao modelo que naufraga. Caso contrário, há o risco de se morrer na praia tragado pelo vácuo conservador. Essa, felizmente, parece ser a percepção bem-vinda do governo Dilma, que registrou um importante salto político esta semana. Com intervalo de poucos dias, Dilma emparedou os bancos na esfera dos juros; removeu o piso de conforto rentsiat oferecido pela poupança --o que favorece o investimento produtivo-- e promoveu um desagravo histórico a personagens e agendas que, a seu tempo e a seu modo, impulsionaram a luta soberana pelo desenvolvimento no país.

abrigos e desabrigos em meio ao ser

delicada, tocante imagem oferendada pelo Ser.
como esgotados e desamparados dançarinos
os acrobatas do ar se aquietam, unidos na fragilidade
à espera de que finde a outra dança
a alva e álgida dança da neve.

mas aguardam solenes, silentes
crentes de que o Ser oferta o  momento certo
para as acrobacias e cantos, dores e encantos 
aparições  e desapariçoes
de todos os entes que se abrigam
em meio ao seu cósmico e incessante velar e desvelar.    

Família de passarinhos se expreme em galho de árvore para enfrentar nevasca


05/05/2012

a greve

Não é preciso mais nada: uma avenida
de gente que sorri ao meio-dia
diz-nos quem tem razão.
Não os encontras nunca quando sais
a ventilar o vício de dormir sempre mal,
e o sol do aposentado é como uma aspirina.

Hoje estará apagada a luz de asma
de oficinas e fábricas; a agulha
das horas não coserá ao contrário
o tempo dessa rapariga de blusa colorida,
e daquele homem velho que a olha
com a terna surpresa de regressar ao desejo;
a blusa passa ondeando pelos seus olhos
como as bandeiras vermelhas da manhã
pela vitrine fura-greves de uma loja.

"Que só o coração marque a fronteira
da esquerda", alguém escreveu.
O coração de quem? O coração armado
o coração blindado dos bancos
o coração anémico dos políticos a soldo
ou esses corações
que defendem agora a alegria?

De noite, nas varandas, brilham os cigarros
dos homens que odeiam a manhã.
A greve terminou, mas eles prolongam-na
com o fumo da insónia. Está calor,
amanhã estará ainda mais junto às máquinas
sagradas outra vez, como a lei
que o dinheiro ditou, como o âmbito
do tempo e do amor.

Não é véspera de nada esta hora ofendida
chega o sopro da alvorada, forte, espesso
como uma baforada de hospital
e retorna, biliosa, às janelas
a luz de um novo dia de trabalho.

pere rovira - catalunha, espanha  (1947 - )

03/05/2012

dedicado aos papagaios

Vós, que lançais palavras às multidões
Como velhos alunos da primária
Por que vos dedicais meramente a repetir?
Onde estão os vossos próprios pensamentos?
Por acaso escondei-los por insignificantes?
Ou careceis deles por completo?
As línguas tê-los-ão murchado?

Se secaram, estais livres de responsabilidades
É algo que se pode perdoar, no entanto...
Com as vossas línguas - é possível afiar facas
Ou varrer estábulos!
Por que razão chorais com lágrimas alheias
E saltais sobre ideias emprestadas?

Isso era o que queríamos saber!

vasyl simonenko - ucrânia (1935-1963)
tradução: do trapézio

01/05/2012

contra a cegueira: o 1º de maio mundo afora

dentro de alguns anos, podem ter uma espantosa surpresa aqueles que ainda insistem numa certa visão de modernidade, que ainda acham que coisas como luta de classes, luta popular, a história nas ruas e revolução planetária são  conceitos obsoletos, quimeras de perdidos na história.

as inúmeras manifestações do primeiro de maio, pelo mundo afora, são uma demonstração de que a chama está cada vez mais acesa, de que as pessoas estão cada vez mais dispostas a  parar o ocidente, a fazer o capitalismo entrar em colapso.

 esses movimentos não são meros agrupamentos de sonhadores desesperados, comandados por lideranças oportunistas. que o diga o ocupa wall street, que depois de um longo e rigoroso inverno, está de volta à arena da luta planetária, na luta conjunta dos povos contra os cegos detentores dos mecanismos de poder, contra essas as forças representadas por indíviduos  que se acham extremamente especiais, seres singulares, acima das pessoas comuns, que se acreditam (às vezes até sinceramente) destinados a tarefas superiores, próprias de comandantes, mas que no fundo são apenas produtos de uma formação extremamnete empobrecida, seduzidos por uma engrenagem irracional, para se tornarem instrumentos submissos e deslumbrados dessa mesma engrenagem.    

 o povo da alemanha, em berlin

o incansável povo grego, em atenas

o povo colombinao diz presente em bogotá

é uma luta portuguesa, com certeza: lisboa

em roma, o povo  de itália

na espnha: bilbao

madri

e barcelona

acima e abaixo, os militantes do ocupa wall street,
de volta   à resistência 

imagens extraídas de folha online