10/05/2012

a vale, a vaca e a pena


Há já 15 anos que  o artista plástico capixaba Kleber Galveas vem fazendo de sua arte uma ferramenta de denúncia dos malefícios provocados pela mineradora VALE (ex-VALE DO RIO DOCE, depois de fraudulentamente privatizada).
Na página  a_vale_a_vaca_e_a_pena.htm  esse persistente e criativo exercício de resistência pode conhecido em detalhes.

Ainda sobre a fraudulentamente privatizada VALE DO RIO DOCE vale conferir aqui no blog outros dois textos que editei: itabiras - crateras e dejetos, (acerca da agressão à paisagem lá na mineira Itabira, onde tudo começou para a VALE do RIO DOCE) e serra da piedade - o estúpido capital, que trata das ameaças da agora estrangeira VALE  a um outro patrimônio cultural, religioso e natural, também localizado lá nas Minas Gerais.

Da página de Galveas trouxe vídeo e letra da música tocada no Carnaval da  Barra do Jucu (balneário em Vila Velha, ES), pelo bloco "A VACA DE FERRO". 
Nas entrelinhas da marchinha é bem lembrada a absurda contradição: para nós ficam   a poluição e uns míseros dólares, na forma de sedativos empregos e parcos impostos, e para o estrangeiro vão não somente os minérios das Minas e da Amazônia (o que até seria coimpreensível, já que as dádivas da Terra a todos os povos pertencem, claro que dentro de um certo limite da sustentabilidade e sensatez ecológica), mas  descaradamente vai também grande parte do dinheiro (na forma de remessa de lucros ou dividendos para acionistas e especuladores) que supostamente pagaria por esse mesmo minério.

Mais absurda que essa contradição é a passiva aceitação dela por parte do povo que construiu a VALE DO RIO DOCE - aceitação tão passsiva quanto a dos governos do PT.
Eis a  marchinha, cantada na segunda parte do vídeo: 


A VACA DE FERRO

A vaca vale a pena
Pra quem só quer mamar
O nosso imperador, tá pra lá de Bagdá.
Pro povo sobra ferro, difícil de respirar
É bloco dos sujos o ano inteiro
Carnaval em palácio
É sem parar.


É cof... cof... cof... cof...
Pulmão dodói a protestar
Casa suja é chiqueiro
Computador sem funcionar
Eu digo e repito: socorro Benedito!
Ta chovendo ferro
Ficando tudo sujo
Aqui no meu lugar

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