15/04/2009

Protestos anti-OTAN

Por CMI-internacional 06/04/2009, às 20:25

A mobilização contra o encontro da OTAN de 2009 havia começado desde o ultimo encontro, no qual uma ativista morreu atropelada por um carro do comboio do encontro. Desde o final de março um acampamento autogestionado, anti-autoritário e ecológico foi instalado na cidade de Estrasburgo para abrigar milhares ativistas. Paralelamente aconteceu o G20 em Londres, e lá durante o grande protesto um manifestante foi espancada pela policia e ao fim da tarde foi encontrado morte, parada cardíaca.
Após receber essa informação, cerca de 3 horas da madrugada, vários ativistas do acampamento anti-OTAN decidiram fazer um protesto anti-repressão durante a tarde de 2 de Abril. A primeira manifestação de rua do contra encontro contava com cerca de 700 pessoas ao inicio, e tinham como palavras de ordem: Anti capitalista, No peace, No justice. Fight the police! etc. O trajeto foi marcado por afrontamentos com a policia, ataque a um quartel militar, a uma delegacia, barricadas... Até perto do fim a policia não havia conseguido prender ninguém, ao retornar ao camping a manifestação teve que passar pelo meio de uma floresta pois as ruas estavam bloqueadas, a partir de então a policia começa a caça. Helicópteros dizem onde estão os manifestantes e a policia inunda a floresta de gás lacrimogênio e tiros de balas de borracha.
Varias prisões aconteceram, e um grupo de aproximadamente 250 pessoas foi cercado pela policia e todos presos. Por conta de desorganização policial quase todos foram liberados ainda na mesma noite. Durante a caça da policia na floresta, outro grupo de manifestantes que estavam no acampamento decidiram ir a floresta ajudar os outros, daí a policia utilizou isso como pretexto para atacar o campo, resultando numa batalha de horas entre barricadas do campo e policia. Por fim,a policia foi embora.

Segundo dia: um exército de palhaços partiu para uma intervenção na cidade, conseguiram furar o bloqueio, fizeram sua ação e foram cercados pela policia que queria prender todos eles. A noticia chega ao acampamento, e milhares de pessoas partem para os liberarem. Palhaços liberados, ação com sucesso. Mas nem tudo acabou, novamente a policia utiliza essa ação como pretexto para atacar o campo, dessa vez com a cooperação alemã e um enorme caminhão com jatos d'agua. O afrontamento dura horas, barricadas pegam fogo e os manifestantes ?se revezam? durante o afrontamento. No camping as bombas de gás lacrimogênio parecem fogos de artificio. Policia recua mais uma vez, sem nenhuma prisão.
Vídeo resumido:

Terceiro dia: grande manifestação com mais de 30 mil pessoas. Durante a trajetória acampamento ? ponto de encontro (6 KM) a policia tenta proibir os ?manifestantes radicais? de passar 3 vezes. 3 vezes afrontamentos e recuo da policia. Ao chegar ao ponto de encontro da manifestação, há um atrasa para a partida e milhares de alemães não podem atravessar a fronteira bloqueados pela policia. Esperando a manifestação começar 3 postes com câmera são derrubados, um hotel incendiado, um posto de alfandega incendiado, um posto de gasolina incendiado, 2 igrejas pilhadas, e diversos afrontamentos com a policia. Durante a manifestação a policia bloqueia mesmo o percurso legal, e mais uma vez os afrontamentos acontecem. A partir daí varias prisões acontecem e a manifestação ?termina? caoticamente. Como todas as ruas estavam bloqueadas as pessoas não podiam nem mesmo chegar ao acampamento, aos seus veículos ou a estação de trem.

Após essa séie de protestos a policia visa ainda mais o acampamento e faz prisões quando os ativistas retornam da manifestação. No último dia a policia cerca todo o acampamento e faz o controle de todas as pessoas que saem do acampamento, várias pessoas são presas, materiais de foto e vídeo apreendidos, meninas sendo revistadas por policiais homens, entre outras arbitrariedades. Algumas dezenas de manifestantes ainda estão em prisão preventiva e três alemães foram julgados e condenados a penas entre 3 e 6 meses em prisão fechada. 2 deles já anunciaram que vão começar uma greve de fome. Breve relato entre preguiça, erros ortográficos e necessidade de falar.

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