26/11/2008

ecos

Ecos é uma teia: poemas afins na temática, na atmosfera - às vezes uma afinidade somente insinuada.
Poeta é evidentemente fundador de uma fala única e insubstituível. Mas há esses encontros, em que as falas de diferentes poetas tangenciam, encontram uma às outras, como se todas essas falas fossem ecos ou murmúrios de uma fala primeva, indiferenciada, mesmo que os poetas estejam diametralmente afastados no tempo e no espaço.
Quando a fala poética mais do que nunca se parece como um mágico e explícito momento de desvelamento do ser, das coisas e do tempo.
Convite silencioso, frágil, quase inaudível a ouvidos infelizmente educados para ruídos e falatórios exagerados, quase impalpável a olhos educados para imagens e objetos supostamente indispensáveis.

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