epílogo
vim uma vez aquie te atirei minhas mãos
te entreguei minha palavra
desgarrada
te disse que o meu nome
era emprestado
e que eu era outro
enfiado neste corpo
te contei do meu sonho
forjado nos temporais
te mostrei o pedaço de minha alma
que permaneceu em minha mãe
por fim te ofereci minha sombra
no teu aniversário
e pendurei minhas pegadas
no teu quarto
um dia
me acordaram e encurralaram
outra vez as horas
me despedi de todos os teus desejos
e te deixei à porta
o meu olhar
(Simón Zavala Guzmán – Guayaquil, Equador, tradução: Roberto Soares)
ecos
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