Tu já estavas prometido à tristeza
da cidade mais pequena, mas a noite
tinha passagens secretas, bastava seguir
os sinais.
A sombra de um réptil avançava muito fundo
nos teus estratos, tacteavas num território de pedras difíceis
às vezes perigosas. Depois imergias e a boca estava
amarga outra vez, a roupa amontoada na cadeira
como o princípio de um poema indesejado.
Reflectindo nos teus olhos, o céu
era um lugar inabitável.
rui pires cabral
(do blog hospedaria camões)
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