Essa seqüência de fotos oferece-nos uma ampla visão da Baía de Vitória, em todo o esplendor de uma manhã de outono: a Terceira Ponte bem ao fundo, quase sumindo na vastidão do Atlântico, o casario em telhado colonial do clube Saldanha da Gama, as ilhotas, os navios flutuando num merecido descanso, após atravessar o mítico Oceano com suas mil travessuras, a simpática corcova do Morro do Penedo a se bronzear no azul e a banhar os pés em cálidas ondas.
Mas há uma mancha na paisagem - mancha provocada pela ação humana. Embora ajudando a compor o belo quadro de azul e mar e sol e agradáveis arquiteturas, o sisudo mas simpático prédio à esquerda, com sua miríade de janelas, plantado no verde da encosta litorânea, guarda uma história triste, macabra até. Os seus aposentos interiores não condizem com sua imponente mas relaxante aparência externa.
Lá dentro pode até haver relaxamento, gratidão para com a vida e até mesmo os êxtases próprios de quem se percebe presente a uma manhã azul-dourada assim.
Mas com certeza são sentimentos incompletos, sufocados, contaminados por tristeza ou ódio, mágoa ou desespero, remorso ou perplexidade. São alegrias e emoções encarceradas, pois esse belo prédio antigo abriga exatamente uma prisão, a famosa Casa de Detenção de Vila Velha.
casa de detenção de vila velha, es
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