05/05/2010

rebelião na grécia 8


Povos da Europa, levantem-se!!!
(KKE - Partido Comunista da Grécia)

Finalmente as revoltas do povo grego ocupam os espaços da  grande mídia internacional!
A fotografia acima ilustra bem o ousado horizonte desse admirável levante do povo grego.
Claro que os desavisados certamente comprarão a versão da grande mídia, aquela que vê os acontecimentos na Grécia como meros distúrbios provocados pela insatisfação do povo com as medidadas antipopulares, mas absolutamente necessárias, que o governo grego teve que tomar, para poder receber a tão necessária ajuda do FMI e da União Européia.

Ou seja, o arrocho e austeridade de hoje são apenas uma consequência da negligência e do afrouxamento praticados pelos governos gregos depois que foram aceitos pela UE, a fomaosa Zona do Euro. Ou seja, caberia ao povo grego aceitar agora os sacrifícios que não foram feitos pelo país no passado. E ainda agradecer à compreensão e disposição dos demais países da Europa, Alemanha e França à frente.

Assim,  a visão dessa mídia é a de que, mais cedo ou mais tarde, os gregos tomarão juízo e deixarão de lado essas impatrióticas e perigosas manifestações.

Duas inverdades nessa leitura.

Priemeira: a crise grega é muito mais complexa do que um descuido com as contas por parte do governo. Ela envolve todo o sistema financeiro internacional e principalmente da Zona do Euro. Os textos indicados ao fim dessa matéria dão uma idéia da complexidade do problema, e de como a Grécia  e outros países mais frágeis da Europa têm servido aos interesses financeiros de países mais ricos, notadamente os interesses da França e da Alemanha. Pela leitura, poder-se-á perceber o quanto aquilo que acontece na Grécia poderá perturbar as estruturas moribundas do capitalismo financeiro internacional. 
  
Segunda: as manifestações populares vêm acontecendo na Grécia desde dezembro de 2008,  que Desvelar já vem divulgando desde março 2009, com o texto rebelião na grécia I. E, claro, elas têm um caráter que vai muito além de uam insatisfação momentânea da população com o descaramento de seus governantes em promover uma piora das ocndições de vida da população, para salvaguardar o sistema financeiro internacional.

As manifestaçãoes têm um declarado caráter de rebelião, de enfrentamente da ordem estabelecida no seu todo. O que os manifestantes - na sua maioria, anarquistas e comunistas - almejam é extamenete a derrubada do modelo capitalista na Grécia e sua substituição por uma organização política de caráter popular, libertário e efetivamente democrático, no sentido de democraiai direta, claro.

O fato de essa rebelião - que se prolonga já por dois anos, de forma extremamente sistemática e combativa - acontecer num país da Europa, e da Zona do Euro, não é pouca coisa. Sinaliza que algo de novo pode estar brotando na velha Europa, e exatamente num dos berços da civilização ocidental. Precisamos estar atentos, prinicpalmente a esquerda latinoamericana, que é aquela que mais alternativas ao neoliberalismo e  mais transformaçaões concretas tem promovido hoje no mundo.

A lucidez e o respeito às tradiçoes revolucionárias da Europa aconselha que a nossa esquerda  não veja os acontecimentos da Europa apenas como algo passageiro, nem tampouco como revolta desorganizada e ineficiente, promovida por supostos e utópicos grupelhos anarquistas, apoiados por uma entediada juventude européia.

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A título de conhecimento dos objetivos do movimento,  leiamos um texto, a  Convocatória Libertária, divulgado pelo movimento libertário europeu e já publicado aqui no Desvelar, lá em fevereiro de 2009

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