Começam a surgir denúncias de que os rebeldes da Líbia teriam sido armados e até mesmo treinados pelas forças de inteligência dos Estados Unidos e da Europa. Mais ainda: durante as manifestações iniciais dos povos árabes, na Tunísia e no Egito, já estaria em andamento um plano para que EUA e Europa se apropriassem das legítimas aspirações dos povos árabes, para conduzir aquelas admiráveis manifestações de acordo com os seus interesses.
Antes de descartar tais conjecturas como paranóia, teoria da conspiração ou antiamericanismo simplista, convém não esquecer as já muitas conhecidas manipulações das referidas forças de inteligência, em várias ocasiões e em várias partes do mundo. Convém não esquecer nem mesmo as ambiguidades e obscuridades que cercam o jamais esquecido 11 de setembro: onde estão as investigações convincentes, onde estão as provas cabais de que não houve um complacência ou mesmo uma condução do governo americano no monstruoso atentado? Quem viu o documentário de Michael Moore não acha essas perguntas absurdas...
Voltando à Líbia: com que presteza, disposição e facilidade os rebeldes líbios se apossaram de armas e partiram para o conflito armado puro e simples! Sem manifestações em praças públicas, sem multidões. Dir-se-á: a reação do ditador Kadafi foi violenta e desumana a ponto de impossibilitar qualquer indecisão ou qualquer tentativa de vencer através da cidadania e da resistência meramente cívica.
Mas, até onde são confiáveis os jornalistas e veículos de mídia que nos informaram sobre as tais monstruosidades do ditador Kadafi? Ou por outra, não poderia ter havido não houve uma premediatada e muito bem construída situação de provocação, de forma que o desequilibrado ditador líbio reagisse da forma que reagiu? E assim estariam craidas as condições para que o mundo legitimamente gritasse contra as ações do ditador líbio, exigindo com razão uma intervenção humanitária.
Mas quem teria o pode de comandar tal intervenção, senão a Europa e os EUA, ou seja , os de sempre?
Se de fato assim foi, se de fato houve todo esse planejamento pelas forças de inteligência, não há como negar: mais uma vez os doentios donos do mundo americanso e europeus exercitaram de forma admirável a suas técnicas de mentira, de distorção, de inversão e de convencimento.
E dessa vez com um ganho extra: a par da utilização das legítimas revoltas dos povos árabes, para a conquista de seus interesses geopolíticos e econômicos (petróleo, sempre a troca de snague por petróleo), europeus e americanos desta feita também lograram conquistar a simpatia do mundo, já que posaram de salvadores do povo líbio, evitando que fosse massacrado.
Por último, as tais perguntinhas que não querem calar, e das quais ninguém pode honestamente fugir, por mais apatia e conformismo que tenha, ou por mais boa vontade que tenha para com o poder estabelecido: Porque as ONUs, OTANs e UEs da vida não têm a mesma presteza e a mesma preocupação para agir em relação ao Egito, ao Iemen, ao Bahrein e principalmente em relação à despótica monarquia absolutista da Arábia Saudita?
Porque as monstruosidades, repressões, massacres sempre ocorrem em países que têm um histórico de enfrentamento com os europeus, americanos e israelenses, tais como Síria, Líbia, Irã e Venezuela?
Essas mídias e esses jornalistas nos trasnmitem realmente os fatos na sua íntegra e no seu real contexto?
A apatia e o conformismo, quando não a estupidez e a presunção, deveriam de vez em quando dar uma chance às dúvidas.
Seguem abaixo alguns textos que tratam da questão das revoltas e principalmente da questão da Guerra da Líbia.
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