Realengo: Nós também temos Columbine (trechos)
por pettersen filho, postado originalmente em abdic
por pettersen filho, postado originalmente em abdic
Motivado pelo que ao certo nunca se saberá, Wellington Menezes, ao disparar seus tiros fatais, e no estampido dos seus revólveres, deu conta a todos nós, brasileiros, de uma vida cada vez mais autômata, a que somos levados pela tecnologia e mundo moderno, de sermos todos nós profundamente solitários, conectados por alguns megabytes, via internet , uns aos outros, sem Deus, paz, família ou credo político, ensimesmados em nosso cômodo "mundo perfeito"
Segundo o que se sabe, sem que, antes, ninguém percebesse, Wellington Menezes , como tantas outras pessoas que existem perambulando por aí, filho adotivo, desajustado, homodesconexo, enquanto declarava no seu âmbito interno "guerra" ao mundo , vivia completamente ignorado o seu mundo à parte, como tão bem leciona nosso Capitalismo, que a todos nós isola e padroniza, enquanto nos lança na sórdida competição por um "lugar ao sol", ao mesmo tempo em que fecha nossos olhos para o Próximo .
Ação que mescla tanto questões de saúde pública, passível ao Estado, quanto de humanismo, responsabilidade da própria Humanidade, a conduta de Wellington certamente não poderá ser atribuída, meramente, a uma patologia individual, ou à esquizofrenia de um "só-homem": Wellington Menezes ...
Sob pena de, se assim o fizermos, ser depositada, como em Columbine, uma superficial pá-de-cal sobre o problema, mas deverá, sim, ser analisada sob um prisma maior , de fenômeno Social , "doença coletiva", a que estaremos cada vez mais expostos, seja no Japão, na Inglaterra ou também no Brasil, onde somos algozes e ao mesmo tempo vitimas de um sistema de produção, mantença de poder e dominação humana, do "homem pelo homem", cada vez mais perverso e individualista.
Afinal, "Wellington Menezes", sem que percebas, pode ser seu vizinho, seu colega de trabalho, ai, bem ao seu lado, precisando de ajuda e conforto moral...
E a sua Escola, também, sem que percebas, poderá ser a próxima !
Já parou para pensar ?
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