neste maio da suposta morte de Bin Laden, além do poema luto, lustro e do parar os atentados contra o ser, desvelar publica este vídeo com a música do the cure, inspirada na famosa história do escritor franco-argelino albert camus.
afinal, e sem querer de forma alguma fazer humor mórbido e simplista, 'matando um árabe' é uma homenagem apropriada para o líder guerrilheiro e, mais ainda, para o ganhador do prêmio nobel da paz de 2009, o senhor barack obama, o mesmo que manda invadir países para matar líderes guerrilheiros e que duplicou o número de soldados no afeganistão assim que tomou posse - a propósito vale a pena ver o documentário restrepo, que passou aqui por vitória há uns dois meses, e analisar se de fato essa foi an melhor atitude do governo americano para responder aos esquisitos atentados de 11 de setembro.
Ainda sobre 11 de setembro e sobre esquisitices, foi surpreendemente lamentável e deprimente ver todas aquelas pessoas saindo para as ruas e 'comemorando' a morte de um homem. como se todos os dramas dos americanos fossem se resolver com a morte de bin laden. como se toda a mágoa planetária que existe contra o poder americano brotasse de um so homem ou de um só movimento de 'fanáticos'.
triste e patético fim de império comemorar assim algo que não irá mudar em nada o destino dos eua (veja textos abaixo sobre a rebelião no ocidente). se bem que é preciso dar desconto: é preciso duvidar seriamente dos tais 'milhares' de pessoas que foram às ruas para 'comemorar', afinal a mídia-empresa mostra e 'fabrica' aquilo que ela quer.
o 'matando um árabe' do the cure e de camus também deve ser lembrando no caso do espantoso massacre provocado por wellington menezes em realengo, aqui em pleno brasil do carnaval e do futebol. afinal, há já muitas décadas atrás, essa espécie de niilismo, ou de grito de desespero através da aniquilação do outro, já era esperado e apontado por escritores como camus, e décadas depois captado pelo the cure, como sintoma da irracionalidade e da opreesão próprias desta opressiva e obsoleta sociedade de controle do capitalismo.
como detectou com lucidez e coragem o jornalista petersen filho, no texto que vai abaixo (mesmo com atraso, vale a pena ler), com o massacre de realengo é o brasilsilsil chegando à modernidade tardia e doentia do capitalismo. pena que o capitalismo esteja agonizando, como uma fera furiosa.
afinal, e sem querer de forma alguma fazer humor mórbido e simplista, 'matando um árabe' é uma homenagem apropriada para o líder guerrilheiro e, mais ainda, para o ganhador do prêmio nobel da paz de 2009, o senhor barack obama, o mesmo que manda invadir países para matar líderes guerrilheiros e que duplicou o número de soldados no afeganistão assim que tomou posse - a propósito vale a pena ver o documentário restrepo, que passou aqui por vitória há uns dois meses, e analisar se de fato essa foi an melhor atitude do governo americano para responder aos esquisitos atentados de 11 de setembro.
Ainda sobre 11 de setembro e sobre esquisitices, foi surpreendemente lamentável e deprimente ver todas aquelas pessoas saindo para as ruas e 'comemorando' a morte de um homem. como se todos os dramas dos americanos fossem se resolver com a morte de bin laden. como se toda a mágoa planetária que existe contra o poder americano brotasse de um so homem ou de um só movimento de 'fanáticos'.
triste e patético fim de império comemorar assim algo que não irá mudar em nada o destino dos eua (veja textos abaixo sobre a rebelião no ocidente). se bem que é preciso dar desconto: é preciso duvidar seriamente dos tais 'milhares' de pessoas que foram às ruas para 'comemorar', afinal a mídia-empresa mostra e 'fabrica' aquilo que ela quer.
o 'matando um árabe' do the cure e de camus também deve ser lembrando no caso do espantoso massacre provocado por wellington menezes em realengo, aqui em pleno brasil do carnaval e do futebol. afinal, há já muitas décadas atrás, essa espécie de niilismo, ou de grito de desespero através da aniquilação do outro, já era esperado e apontado por escritores como camus, e décadas depois captado pelo the cure, como sintoma da irracionalidade e da opreesão próprias desta opressiva e obsoleta sociedade de controle do capitalismo.
como detectou com lucidez e coragem o jornalista petersen filho, no texto que vai abaixo (mesmo com atraso, vale a pena ler), com o massacre de realengo é o brasilsilsil chegando à modernidade tardia e doentia do capitalismo. pena que o capitalismo esteja agonizando, como uma fera furiosa.
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Matando Um Árabe
Parado na praia
Com uma arma em minha mãoMatando Um Árabe
Parado na praia
Olhando fixamente para o mar
Olhando fixamente para a areia
Olhando fixamente para o cano
Do árabe no chão
Vejo sua boca aberta
Mas não escuto nenhum som
Eu estou vivo
Eu estou morto
Eu sou um estranho
Matando um árabe
Eu posso voltar atrás
Ou eu posso abrir fogo com a arma
Olhando fixamente para o céu
Olhando fixamente para o sol
Qualquer escolha que eu faça
Tem a mesma importância
Absolutamente nenhuma
Eu estou vivo
Eu estou morto
Eu sou um estranho
Matando um árabe
Senti a arma disparar
Acalmando minha mão
Olhando fixamente para o mar
Olhando fixamente para a areia
Olhando fixamente para eu mesmo
Refletindo nos olhos
O homem morto na praia
O homem morto na praia
Eu estou vivo
Eu estou morto
Eu sou um estranho
Matando um árabe
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Killing An Arab
I'm Standing on a beach
With a gun in my hand
Staring at the sky
Staring at the sand
Staring down the barrel
At the arab on the ground
See his open mouth
But hear no sound
I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab
I can turn and walk away
Or I can fire the gun
Staring at the sky
Staring at the sun
Whichever I choose
It amounts to the same
Absolutely nothing
I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab
Feel the steel butt jump
Smooth in my hand
Staring at the sea
Staring at the sand
Staring at myself
Reflected in the eyes of
The dead man on the beach
The dead man on the beach
I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab
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