Há quem pense que não se deveria sequer mencionar o BBB da Globo nas redes sociais, blogs e sites alternativos e progressistas. Seria uma forma de evitar sua publicidade e sua legitimação, já que as críticas e recusas seriam insuficientes e inofensivas perante o poder da rede Globo, ou seja, não levariam a nada.
Essa espécie de bloqueio pode até ter sua razão de ser e sua eficácia. Mas ocorre que, neste ano, as coisas estão tomado um rumo diferente. Cada vez mais pessoas se indignam, se entediam e manifestam puro e simples desprezo para como 'programa ' da Rede Bobo. Parece que a melhor tática não é a de ignaorar, parece que a hora é de atacar, de fazer da Globo alvo de movimentos, sejam presenciais sejam virtuais.
E isto por dois motivos: 1) o caso mal explicado do estupro dentro 'programa' mostrando que os 'produtores' do 'programa' vão ultrapassar cada vez mais os limites do respeito e da ética e 2) a discussão, que se arrasta há algum tempo, acerca de um projeto de lei que defina novas regras para a mídia em geral. Essas duas situações estão ajudando a alimentar a luta para despertar o povo contra os abusos, distorções e manipulações da Rede Bobo, das demais emissoras de televisão, dos grandes jornais e revistas. O protesto de hoje em São Paulo é um bom começo desta luta. Veja abaixo:
Protesto contra a Globo no caso BBB
Sexta, dia 20, das 12h às 14h, em frente a Globo São Paulo
Av. Dr. Chucri Zaidan, esquina da Av. Roberto Marinho
A Frentex – Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão, o FNDC – Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação e a Rede Mulher e Mídia convidam todos para este ato pela:
1) Responsabilização da Globo por:
• Ocultação de um fato que pode constituir crime;
• Prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de vulnerável;
• Atrapalhar as investigações de um suposto crime;
• Ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava apagada.
2) Os anunciantes do BBB – como OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica e FIAT – devem ser entendidos como co-responsáveis, e a sociedade deve cobrar que retirem seus anúncios do programa ou boicotá-los.
3) O Ministério das Comunicações deve colocar em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.
Leia aqui a nota do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) responsabilizando a Globo pelo ocorrido durante o BBB (transcrito do blog vi o mundo)
Leia também Pedro Bial no paredão.
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