13/01/2012

sobre protestos, polícias e políticos

Abaixo, trecho de um texto do jornalista Laerte Braga:
"Protestos estudantis contra o aumento das tarifas de transportes coletivos urbanos em Vitória no Espírito Santo e Teresina, no Piauí, são reprimidos com a costumeira “gentileza” das polícias militares. Aberrações em qualquer democracia que se pretenda como tal, instrumentos de defesa das elites e forças corruptas, o que se vê, diariamente, até na mídia de mercado. Borduna, gás de pimenta, gás lacrimogênio, o de sempre. O governador do Piauí nem sei quem é, nem é necessário saber seu nome para saber que é como a maioria. Coronel político posto em cargo público a serviço de bancos, grandes corporações e latifúndio. O do Espírito Santo, ao contrário, chamam de Renato Casagrande. É governador nominal. Paulo Hartung governa de fato. Casagrande leva tranqüilo o troféu banana do ano até então em mãos de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas.

Não apita nem sobre seu almoço. Pelo contrário, atende a apitos de Hartung. Como não usa “tigre”, vive fazendo flexões. O Espírito Santo, por suas características, inclusive dimensões territoriais, resta sendo a síntese explícita das máfias políticas que atuam no Brasil. Executivo, Legislativo e Judiciário.

Um desses “meganhas”, transformado em estudante (deve ter sido um esforço sobre humano), nas velhas táticas das ditaduras, colocou fogo num ônibus em Vitória e transformou estudantes em baderneiros. Casagrande se refugiou na despensa enquanto Hartung comandava a operação. Comeu latas de salsichas enquanto aguardava as ordens para voltar a ser objeto de decoração visível ao público."

O texto em sua íntegra pode ser lido aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário