17/09/2010

a hipocrisia ululante - a batalha de 2010 (1)

Assim que a candidatura Dilma disparou nas pesquisas eleitorais, com reais chances de decidir a eleição já no primeiro turno, a campanha do tucano José Serra aumentou o tom das acusações e difamações e baixou o nível, convenientemente auxiliada, monitorada e motivada pelos veículos da chamada grande mídia, que de grande tem somente a quantidade (daqui a alguns anos nem isso terá de grande) pois não passa de mídia retrógrada, assustada e arrogante.

Folha de São Paulo, Veja, Rede Globo, jornal O Globo, junto com seus capangas midiáticos regionais e de menor expresão, têm se esmerado em ‘descobrir’ e divulgar denúncias contra o governo Lula e contra a candidata Dilma.

Claro que ninguém em sã consiência política contesta o direito e a obrigação que a imprensa tem de investigar, questionar, divulgar e criticar ações que atentem contra a transparência e a moralidade na gestão da coisa pública. Isto é o óbvio ululante.

O problema é quando o que se torna ululante é a hipocrisia.

Quebra de sigilo na Receita Federal, denúncias de corrupção na Casa Civil, acusações de intolerância e autoritarismo para com Dilma Roussef: porque nada disso foi investigado e divulgado antes? Porque fazer tudo isso a toque de caixa e, também a toque de caixa, imputar todas essa mazelas à candidata Dilma e ao seu partido? Porque não lhes dar o benefício da dúvida?

Porque não se lembrar de que quem plantou a corrupção neste país foram os 500 anos de desmandos e desvarios daqueles que hoje são exatamente representados por José Serra e pela mídia calhorda?

Por que não ter um pouco de boa vontade e reconhecer que esse governo tem feito avançar, ou pelo menos tem permitido que se avance, no combate à corrupção e à safadeza com a coisa pública, mesmo com todas as limitações e contradições herdadas de 500 anos de corrupção e patrimonialismo arrogante?

A resposta, meus amigos, não está no vento, está bem aí: está no dia 03 de outubro.

A resposta está no desespero e no destempero e na arrogância de quem se vê à beira do abismo, à beira de uma derrota estrondosa, mas que não tem a devida lucidez, humildade e humanidade para tentar se renovar, para tentar dar a volta por cima atarvés de meios menos sujos, vergonhosos, arrogantes, fascistas e patéticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário