Ainda envolto na transcendente atmosfera de Rilke, esta modesta tentativa de comunhão poética com o mundo, de minha lavra.
de setembro o sol se perfuma
manhãs de cheiro de mexerica
fumos e incensos insondáveis
escorrem pelas largas alturas
aves inventam voltas
em intérminas vias de vento
límpidas estradas aguardam e acolhem
o andar sereno de secretas sedes
em janelas de escola, sonha-se:
o rolar de sedosas bolas de gude
por trilhas de delicada poeira
tantos moradores do mundo
a entoar o mesmo e uno hino:
- vivo, divinizo...
enquanto o sol de azul se bronzeia
nos aéreos areais
o Teu olho alimenta e aquece
o meu se alimenta e não esquece
juntos nossos olhos
se alumbram em instantes de setembro
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