02/06/2011

de volta aos campos de batalha 2

Nem bem saímos de uma Batalha Eleitoral, e já entramos noutra, não a de 2012, mas a de 2014. Afinal, não passa de uma manobra de guerra esta cínica omissão da "Folha", denunciada e detalhada na matéria abaixo sobre Aécio Neves, extraída do site Carta Maior.

Imagine se os governos do PT estivessem fazendo de fato um enfrentamento contundente contra os detentores de privilégios políticos e econômicos deste país. Com certeza que estarímaos correndo sérios riscos de repetir o golpe de 64 no Brasil, o de 73 no Chile, o de 76 na Argentina, o de 202, na Venezuela, o de 2009 em Honduras, e por aí afora...

Enfim, com todas as suas contradições e limitações, é preciso respeitar o tempo de amadurecimento do projeto de transformação em curso no Brasil. Afinal, nenhum movimento ou força política foi capaz ainda de superar dialeticamente as limitações do PT e fazer avançar o projeto popular. E, mais grave ainda, nenhuma força foi capaz de resgatar aquela efervescência popular aglutinda pelo PT e em torno do PT, durante a década 80.

Com essa efervescência e combatividade popular, aí sim, o projeto de transformação poderia realmente fazer um enfrentamento mais radical e acelerado contra as estruturas elitistas e obsoletas deste país. Mas parece que infelizmente não está no projeto, desse PT que chegou ao governo, incentivar e resgatar essa combatividade e essa organização popular, e então apiar-se nelas para exercer de fato o poder de transformar, sem muitas concessões e alianças com setores de uma forma ou de outra privilegiados e excludentes.

Resta aguardar para quando haverá esse resgate da luta popular...
E se ele será conduzido pelo próprio PT (através de suas correntes mais à esquerda, que ainda resistem no interior do partido), se por novas forças políticas (com a sempre indispensável participação dos movimentos progressistas da Igreja Católica) ou se por uma complexa conjunção dessas e de tantas outras forças e movimentos que compõem a luta popular: MST, MAB, MPA, Assembléia Popular, PSOL, PSTU, PCO...

Aliás, a propósito da presença da Igreja Progressista nas lutas populares:  em 2011 o Grito dos Excluídos  abre o verbo e já fala explicitamente nas diretrizes para a construção de um Projeto Popular no Brasil, que vá além da democracia burguesa, representativa, que vá além de um processo político protagonizado apenas por partidos e por um poder executivo centralizador, burocrático e excessivamente institucional.

O Grito acontece todo 07 de setembro, dede 1995, e é coordenado pela CNBB, em parceria com demais Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), com os movimentos sociais e diversas entidades e organizações.
Quem quiser saber mais a respeito do Grito deste ano veja em grito dos excluídos.

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