O Sai da Rua já nasce atuante e com ações concretas. De imediato, reivindica da Prefeitura de Vitória, a urgente instalação de um banheiro químico e de um quiosque, no meio da Praça Costa Pereira. Sobre a urgência e a importância dessa iniciativa, leia em Abaixo-assinado
Também já conseguiu, através de contribuição de seus próprios associados, alugar uma sede, ainda pequena para as necessidades e projetos do movimento, mas extremamente bem localizada. Fica na Rua São Francisco, em frente à ladeira que passa por baixo do Viaduto Caramuru, ou seja, bem no meio dos principais pontos utilizados pela população de rua: Praça Costa Pereira, Praça da Catedral e o Parque Moscoso.
Sabemos que são muitas e muitas as associações comunitárias e coletivos, que não têm sua sede própria. Registre-se, também, que são os 160 participantes do Coletivo que assumiram o compromisso de arcar com as despesas do aluguel e outras, para manutenção do imóvel. Ou seja, sem recorrer ou se submeter a órgãos públicos e entidades diversas. Com a cara e a coragem. Com autonomia e persistência, o que certamente resulta numa maior liberdade movimentos e posições políticas.
Claro que boa parte desses recursos é oriunda de pedidos de ajuda, feitos, por cada um, a pessoas e ao comércio local. Mangueando, como dizem na gíria da população de rua. O que não é nenhuma vergonha ou constrangimento, nem atitude antiética, parasitária; ao contrário, ajuda até a desmistificar essa visão discriminatória, de que toda a população de rua só pede ajuda para poder comprar suas famosas pedrinhas de crack ou garrafinhas de corote (cachaça).
Enfim, precariedade, coragem, persistência, improvisos. Na sua vinda ao mundoe na busca de uma ação transformadora, o coletivo SAI DA RUA traz consigo os mesmos termos e situações que são próprios do dia a dia da população de rua.
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