05/02/2009

volúpia

Rasga o espaço
a flecha

Minha volúpia
percorre o artesanato
do teu corpo

Chego
à longitude
do teu sexo
e do teu recato

Tua inocência
se fecha
tardiamente

Logo
cansa-se o guerreiro
que mora
no meu sangue

Guardo o arco
e vou-me embora

Não sei até que
ponto
eu feri
o teu céu azul
simón zavalla - 'biografia circular'

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