por Rodrigo Vianna, extraído de escrevinhador
Não estou entre os que se encantaram com a “novidade” representada por Marina Silva na eleição de 2010. Humildemente, acho que ela ajudou os tucanos a levar eleição ao segundo turno, e ainda colaborou para consolidar a agenda conservadora “anti-aborto” que tomou conta da campanha eleitoral.
Mas é preciso ficar atento aos movimentos de Marina. O papel que ela cumprirá daqui pra frente não precisa, necessariamente, ser o mesmo. Há um cansaço generalizado com a democracia representativa – não no Brasil, mas no mundo.
Um mal-estar, com a sensação de que os partidos não representam mais a vontade popular. As rebeliões (recuso-me a falar em “revolução”) no Egito, Argélia e Espanha foram feitas “por fora” dos partidos e das organizações tradicionais.
No Brasil, esse movimento aparece, de forma tímida, na rebelião dos bombeiros do Rio, no movimento ”antiMicarla” de Natal (RN), na revolta dos trabalhadores de Belo Monte. E, apesar do crescimento econômico, há um mal-estar entre o que restou da esquerda, por conta do início do governo Dilma.
Marina Silva pode surfar nessa onda. Com qual programa? O liberal-ecologismo de Gabeira? Ou algo mais consistente e renovador?
A conferir.
Confira os detalhes da saída de Marina, em reportagem do Portal Vermelho.
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