por Gilney Viana, extraído do site doPT
Vejo e ouço relatos de iniciativas de campanha de pessoas, famílias, pequenos grupos de voluntários que saem às ruas, com a bandeira da Dilma nas costas e os ideais petistas no coração. É o ciclista solitário percorrendo as ruas com a bandeira da Dilma; o companheiro idoso, cheio de adesivos do PT, que discute calorosamente no boteco da “comercial”; o cidadão que balança a bandeira vermelha da janela do seu apartamento na Asa Norte ou a eleva acima dos barracos da Estrutural; a servidora que se dispôs e está fazendo uma conversa individual com todas as colegas da sua autarquia; os bancários que, após a jornada de trabalho, fazem bandeiraço; enfim, militantes que tomam a iniciativa sem esperar orientação da coordenação de campanha...simplesmente fazem a campanha, como a campanha da vizinhança da SQN 210, em Brasília.
Paramos de reclamar e fomos à luta. Inicialmente montamos uma barraca no Eixão aos domingos em frente à 210. Eu, Décio e sua família (às vezes até o netinho), Allan e seu filho menor, Marina e Elvira. Ao balançar da bandeira vermelha atenderam outros e outras. Encorajados pela adesão passamos a bandeirar todas as noites no eixinho que divide a super quadra 210 da 410, das 18:15 horas às 20:30 horas. E novos militantes se juntaram: Luis, Dori, Ali, Cida, o Roberto, a gaucha, a paraibana, e assim por diante... sem medo de enfrentar os adversários, às vezes agressivos.
No dia 10 de outubro estávamos fazendo nosso primeiro bandeiraço do segundo turno no Eixão quando agregamos novos militantes e novas idéias. Aí a Lylia se adiantou: precisamos fazer algo alegre, com cantorias, eu trago o violão. Tudo bem! Então vamos nos preparar para o dia 12 que é feriado, combinado? Ah! Dia 12 é dia da criança, vamos fazer alguma coisa para as crianças, para nossos filhos e netos...e para os filhos e netos das famílias que passeiam no Eixão. Tudo certo, fulano faz isto, fulano faz aquilo. Tudo na maior improvisação, na boa vontade, na raça, como geralmente são as iniciativas da militância.
No dia seguinte fomos ao Comício da Ceilândia: Lula, Dilma e Agnelo (nosso candidato a governador). Apesar da chuva, muita animação. De repente, o locutor do comício anunciou o evento da 210. Ficamos muito agradecidos. Logo depois soubemos pela Benildes que o evento da 210 foi integrado à agenda da Dilma. Ficamos alegres e preocupados. Dilma irá à nossa atividade? Gente: o que vamos fazer? Cadê nossas crianças? Quem vai nos ajudar na organização do evento?... Ainda bem que a Arlete compareceu...
Às 9 horas já estávamos no Eixão, à altura da 210. Armamos nossa pequena barraca, a barraca maior da Arlete e arrumamos as mesas para as crianças; à vista da imprensa e com a ajuda do pessoal que foi chegando. De repente centenas de pessoas e variadas atividades: outras barracas foram montadas, bandeiraço no Eixinho, distribuição de adesivos, cantorias, atividades das crianças e congraçamento da militância, seguido da agitação com a chegada da Dilma. Nós, da campanha de vizinhança da 210, alegres e satisfeitos desaparecemos na multidão...voltamos a ser o que sempre fomos, a militância anônima, autônoma e combativa do PT.
Gilney Viana é membro do Diretório Nacional do PT
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