Depois do episódio da falsa agressão a José Serra, com a fagueira imagem da bolinha de papel voando pelo Brasil afora, a eleição, apesar de dramática, vai ganhando ares de comédia pastelão.
Aparentemente, a direita raivosa vai perdendo a noção do ridículo. Mas essa postura patética de Serra e aliados (aí se incluindo descarados veículos da grande mídia golpista, claro) pode ser extremamente enganadora. Patéticos, há muito eles o são, o que não quer dizer que não sejam também extremamente espertos.
O artigo abaixo, a quinta onda contra Dilma e o PT, alerta para uma possibilidade sombria e perigosa, que talvez seja concretizada, nesta semana decisiva, pela Guerra Suja do PSDB, do DEM, dos conservadores católicos e evangélicos e da grande mídia.
Trata-se da 5ª Onda contra a campanha de Dilma, que seria a fabricação ou a provocação de um fato concreto que, às vésperas da eleição, confirmaria e inculcaria na mente dos eleitores a suposta violência e intolerância de petistas e simpatizantes da campanha de dIlma. O patético episódio da bolinha de papel seria na verdade um ensaio, um começo da fabricação dessa imagem de violência e intolerância.
Quem acha isso muito fantasioso, que se lembre das armações que a direita raivosa aprontou em 89 e que leia com atenção o texto sobre a a quinta onda contra Dilma e o PT, do jornalista Rodrigo Viana
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No mais, a não ser pela perigosa possibilidade dessa última armação, parece que a dura Batalha de 2010 será decidida em favor da candidatura de centro-esquerda do PT-PMDB e coligados. Pois não são apenas as pesquisas que apontam uma recuperação e uma retomada da tendência de alta da candidatura Dilma. Essa tendência também se percebe nas ruas, nas conversas em geral.
Claro que vai ser uma disputa acirradíssima, mas já se percebe uma menor resistência nos setores populares, mesmo entre os evangélicos e católicos. O estrago da boataria e do preconceito do primeiro turno não foi remediado, mas ao menos se percebe um estancamento da sangria de votos e uma perda da eficácia das calúnias e difamações de cunho religioso e moralista.
Várias inciativas contribuíram para essa recuperação: a eficácia no combate à boataria e à calúnia, com o consequente desmonte e desmascaramento dos métodos dos adversários (os panfletos clandestinos na gráfica do PSDB e a denúncia contra a Central de Telemarketing, para citar dois exemplos); uma maior aproximação com as lideranças evangélicas, com o engajamento efetivo de algumas delas na Campanha, e uma postura mais contundente de Dilma nos programas de televisão.
Por fim, não se pode esquecer a iniciativa mais importante, que é o resgate da militância petista. A direção do PT se descuidou demais daquilo que o Partido tem de melhor, que é a capacidade de envolver a sociedade no debate e na participação política. A campanha demorou a sair do presunçoso e abstrato domínio dos marqueteiros políticos e produtores de televisão. Demorou a vir para as ruas, praças e conversas do dia a dia.
Tivesse havido campanha real, de carne e osso, no último mês antes do primeiro turno (nem boca de urna houve!) provavelmente teríamos evitado um cada vez mais perigoso e raivoso segundo turno.
Mas que venha a dura e merecida vitória. E, oxalá, não haja mais motivos para sobressaltos e alertas. Oxalá esses sejam os últimos textos sobre a histórica Batalha de 2010 a serem publicados aqui antes das eleições.
Deixemos as considerações críticas ao PT para depois, teremos muito tempo para abordar temas espinhosos. **************
Seguem então dois textos que, espero, sejam os últimos antes do Domingo da batalha final.
O de Emir Sader, 10 coisas que devemos fazer para garantir a vitória da Dilma, que na verdade é uma convocação, uma lembrança ou uma sugestão para posturas e ações que militantes e simpatizantes da campanha de Dilma.
E o de Rodrigo Viana, que já citei acima.
E que venha vitória da verdade sobre mentira, da lenta, difícil, mas inelutávelrre construção da democracia direta e popular em nosso Brasil, em nossa América Latina e em nosso mundo!!!!!
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