06/11/2011

poesia e finitude (19)

os poemas que escrevas

os poemas que escrevas
ainda que muitos, são
um só, inacabável
interceptado um dia:

sufocante abertura
por onde irás descendo
a um poço, uma vertigem
com uma única saída
que, enfim, vislumbrarás
quando já não tiveres olhos.

josé bento - portugal, em sítios, assírio & alvim, lisboa, 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário