Obviamente que são preocupantes as ações de desocupação de praças e ruas, feitas dias atrás pela polícia, em várias cidades dos Estados Unidos; afinal, a repressão a esse vibrante movimento planetário tenderá também a se tornar planetária.
Ninguém é ingênuo de pensar que os comandantes do poder econômico e os governos, sejam de direita, de centro ou de equerda, irão permanecer inertes à medida que o movimento se tornar relamente de massa, quando passar a atrair cada vez mais as chamadas, constrangedoramente, de 'pessoas comuns' - aquelas que, por motivos que não cabem analisar aqui, estão acomodadas, anestesiadas ou aprisionadas nas engrenagens da atual organização social.
Quando a participação dessas 'pessoas comuns' for igual ou maior do aqueles que compõem, sustentam e conduzem o movimento: estudantes, artistas, intelectuais, profissionais liberais, jovens em geral, população de rua, excluídos em geral.
Neste momento certamente comandantes, governos, partidos e entidades de toda espécie terão motivos de sobra para se incomodarem e para tentarem neutralizar, apropriar-se ou simplesmente acabar com esse movimento.
Afinal, o movimento, nesse ponto futuro, estará ameaçando a sobrevivência de todas essas instâncias que, de uma forma ou de outra, existem em função da atual engrenagem de poder, seja aderindo e sustentando essa engrenagem, seja contestando e se opondo a ela, aparentemente propondo alternativas de organização.
Ocorre que não será simples, rápido ou indolor esse despertar das massas em nível planetário, e a consequente imposição de um Pacto dos Povos aos comandantes e governos, com a humanidade concretizando, então e finalmente, a superação da atual e insana organização social e econômica a que se dá o nome de capitalismo.
Muita repressão, muita desqualifiação, muita tentativa de sedução, de cooptação e de desmonte acontecerá, até chegarmos a esse despertar planetário e à construção desse Pacto dos Povos.
(continua)
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