As imagens abaixo são de uma visita que fizemos ao parque da Fonte Grande, creio que em 2006. A visita foi organizada pelo CPV - Conselho Popular de Vitória, que era presidido à época por Seu Waldemar, e contou coma participação de lideranças comunitárias de vários bairros no entorno do Parque.
Na realidade, a visita atendia a um dos princípios do COLEDUC - Coletivo de Educadores Ambientais, que era o de promover um conhecimento, por parte dos moradores e lideranças, do território aonde vivem; afinal somente podemos cuidar e proteger adequadamente e aquilo que conhecemos, que vivenciamos. O COLEDUC era apoiado pelo CPV, e era um projeto de inciativa da professora Graça Lobino.
Nós, lideranças e moradores do Morro da Capixaba . Estou de camisa azul, Elenice Siqueira, ao meu lado, à época como presidente do COMEV - Conselho Municipal de Educação de Vitória e, ao centro, de vermelho, Narcísio Soares, presidente da extinta AMOR- Associação de Moradores do Rosário.
Pra quem ainda não conhece o Parque da Fonte Grande,
não sabe o que está perdendo. Olha as alturas, paisagens mais vastas
do que aquelas vistas do Convento da Penha, acho que só perde para as alturas do magnífico Mestre Álvaro.
Olha o Penedo tão pequeno parecendo,
delicadamente emoldurado por folhagens
Aqui é uma outra trilha para se chegar ao Parque,
vem de Fradinhos; ao fundo a Pedra dos Olhos
As torres de telefonia no alto do Parque: onipresentes sinais da Técnica,
na sua implacável, mas inútil, ambição de ocupar, utilizar e descartar
todos os recantos do Planeta.
Apesar de tudo, é uma imagem até poética. Parecem pedidos de socorro
ao espaço cósmico, ou mensagens aos astros vizinhos, para manterem
uma distância segura deste envenenado planeta - até que vençamos a estupidez e brutalidade do obsoleto e canceroso Capitalismo, ou até que sejamos eliminados pelos implacáveis mecanismos de defesa da Terra.
Mas enquanto não somos expelidos do Planeta, e nem fazemos a cada vez mais viável e urgente Revolução Planetária, ao menos podemos fruir de singelas imagens: líquens brotando poéticos e coloridos, bois buscando o seu comer de todo dia, crianças vivenciando a puro jorro do Ser e da Origem através dos entes rurais. E tudo isso a apenas trinta minutos das envenenadas e barulhentas avenidas do centro da cidade.
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