13/09/2021

nossa horta

Dando sequência à postagem sobre o encontro de hortas urbanas agroecológicas,  aqui vão algumas imagens da horta urbana que estamos começando..

 Afofamos  a terra, cercamos direitinho os canteiros e já preparamos a compostagem. Buscamos bastante folhagem na mata do Morro da Capixaba, a maior parte já em estado de decomposição orgânica, o que tornará mais rápida a fertilização de nossos canteiros.

Quem está participando comigo no projeto é o Narcísio, liderança do Morro do Capixaba, e membro da diretoria da AMACENTRO. Ele tem larga experiência no trato com a terra. 

Algumas pessoas que  que saem da roça para  a cidade infelizmente esquecem ou desprezam o feito no ofício de agricultor. Outros jamais perdem o gosto, a intimidade e a satisfação no trato com a  terra. Narcísio é um desses últimos, uma dessas inúmeras  pessoas que, embora mora há muito tempo na cidade, ainda detém um saber popular agrícola que precisa ser resgatado, tal como é proposto pela RUCA, em seus princípios e métodos (leia na postagem anterior
Bem, ainda tem um bom pedaço de terra para trabalhar. Muita energia para gastar e para receber. A gente começa a mexer com a terra e não quer parar mais. Cada dia é um aprendizado novo. Aprendi até sobre área de circulação: deixar área livre tanto para nos movimentarmos quanto para o escoamento da água da chuva, preparando uma inclinação suficiente,  para a água não empoçar ou invadir os canteiros.
Eu, particularmente, gostei muito de preparar os cercadinhos - fiz sozinho. Achei poética toda essa mistura de materiais, aproveitando madeira velha, tijolos antiiiigos, lajotas e até mesmo pedras milenares. Tudo transmite vida, tempo, intimidade, nada de cercadinho arrumadinho, industrial, modernoso, cheio de  plástico, metal. madeira trabalhada  etc etc.

Pelo menos uma parte da área, a ser ainda trabalhada, está bem fértil. Sofreu um processo de compostagem natural. Durante muito tempo, o terreno ficou abandonado, e com muita madeira e folhas de goiaba por cima. Agora tá no ponto de plantar. É só ver como o matinho cresce com vontade. Pena ter que cortá-lo para fazer os  novos canteiros. Aliás, já plantamos no meio do matinho um muda de cana e duas mudas de abóbora Maranhão. Inaugurada de fato a Horta.
Ao fundo, no quintal vizinho, tem até uma matinha para abençoar a nossa horta, atraindo pássaros e outras criaturas, cuja companhia certamente só pode fazer bem. Impressionante, mas os passarinhos começam a cantar antes das três horas, e em pleno inverno .

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