Trechos extraídos do material de divulgação da peça:
"A partir da mitologia dos índios brasileiros, e outras referências, oscilando entre o épico e o místico, o sério e o cômico, a peça Terra sem mal é um exemplo de teatro alegórico. (...) a peça satiriza, em clima de festa, rave, carnaval e ópera, a busca infrutífera do paraíso, em todos os tempos e lugares, e sugere onde se pode encontrar o objeto de tão apaixonado desejo: a zona proibida do corpo".
"Híbrido de poesia, teatro e romance, entre outras coisas, Terra sem mal pode ser entendido como um transgênero literário, numa linha estética transformista, plasmado em um estilo travesti, em que exploro a teatralidade da fala poética. Enquanto dramaturgia, lembra um auto medieval, uma paródia dos mistérios, uma crítica à moralidade dominante, uma farsa que pretende desmascarar as enganações santarronas."
"Como romance, inspira-se nas formas simples, populares: fábula, mito, lenda, literatura de cordel, romanceiro, rapsódia etc. Compêndio de filosofia selvagem. Festim antropofágico. Gozação patafísica. Matemática simbólica. Fórmulas e teoremas da alegria. Caminhos da utopia, do paraíso. "
"Para os índios brasileiros, a Terra sem mal é um lugar acessível, concreto, alcançável pelos seres humanos, nesta vida, neste mundo. Corresponde à terra sagrada, ou paraíso, de outros povos. Em hebraico e latim, desde os tempos antigos, o conceito de sagrado define um objeto, ser ou lugar isolado, proibido, intocável, proscrito, vergonhoso, infame e, também, indizível, indiscutível e inefável. Enfim, algo interditado ao povo pelas elites religiosas, econômicas, políticas."
Mais informações: Waldo Motta (8841.7348 / 3056.0024), Willian Berger (williambergere@hotmail.com)
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