No endereço ‘É triste estarmos falando em lulismo’, uma breve mas reveladora entrevista com Mauro Iasi (um dos fundadores do PT), o leitor encontrará uma lúcida crítica, tanto às limitações do governo Lula quanto às do próprio PT, em relação à necessidade de articular, de promover com mais urgência e intensidade a real hegemonia e participação direta dos setores populares na condução do país.
Claro, cada um tem o seu ponto de vista em relação aos avanços e limitações do governo petista e em relação ao realismo político das correntes majoritárias do PT, com a sua postura de fazer concessões e alianças conservadoras, em nome do acúmulo de forças e de um pretenso processo de transformação socialista, gradual mas seguro, que assim não oportunidade ou pretextos para os setores antipopulares promoverem o retrocesso, a interrupção do avanço popular.
Mas, por isso mesmo, é sempre bom ouvir as vozes contrárias, que alertam para as distorções, para as conseqüências do abandono de princípios e estratégias essenciais num real processo de construção popular, em nome do realismo político, da governabilidade e da manutenção da institucionalidade. Nada como exercer de fato o raciocínio e a postura dialética, que exigem sempre o respeito e a lúcida atenção às diversas concepções e práticas envolvidas no processo de transformação popular.
Além disso, a entrevista com Iasi é um ótimo contraponto: no texto sobre o Instituto Millenium o que se vê são críticas e impropérios ao PT oriundas dos representantes das elites, já na entrevista as críticas vêm de um militante de um partido com uma postura mais à esquerda, ou mais radical que o do PT.
Por aí se vê como o processo é um pouco mais complexo do que crêem tanto os setores mais moderados quanto os expoentes com discurso radicalizado, independente de quão lúcidas, acuradas e bem articuladas sejam as análises que um lado e outro faz da lutas e dos governos populares.
Claro, cada um tem o seu ponto de vista em relação aos avanços e limitações do governo petista e em relação ao realismo político das correntes majoritárias do PT, com a sua postura de fazer concessões e alianças conservadoras, em nome do acúmulo de forças e de um pretenso processo de transformação socialista, gradual mas seguro, que assim não oportunidade ou pretextos para os setores antipopulares promoverem o retrocesso, a interrupção do avanço popular.
Mas, por isso mesmo, é sempre bom ouvir as vozes contrárias, que alertam para as distorções, para as conseqüências do abandono de princípios e estratégias essenciais num real processo de construção popular, em nome do realismo político, da governabilidade e da manutenção da institucionalidade. Nada como exercer de fato o raciocínio e a postura dialética, que exigem sempre o respeito e a lúcida atenção às diversas concepções e práticas envolvidas no processo de transformação popular.
Além disso, a entrevista com Iasi é um ótimo contraponto: no texto sobre o Instituto Millenium o que se vê são críticas e impropérios ao PT oriundas dos representantes das elites, já na entrevista as críticas vêm de um militante de um partido com uma postura mais à esquerda, ou mais radical que o do PT.
Por aí se vê como o processo é um pouco mais complexo do que crêem tanto os setores mais moderados quanto os expoentes com discurso radicalizado, independente de quão lúcidas, acuradas e bem articuladas sejam as análises que um lado e outro faz da lutas e dos governos populares.
Trecho: "Seu respaldo em amplos setores dos trabalhadores representa mais uma hegemonia passiva do que de fato uma organização independente que colocaria os trabalhadores na cena política na defesa de seus interesses de classe. O apoio, eleitoral e midiático, dos setores mais empobrecidos deve-se a uma mescla de assistencialismo e características carismáticas que emanam da liderança de Lula, acima do partido e muitas vezes contra ele. O PT esperava colocar a classe trabalhadora com independência e autonomia no cenário político e de fato não é isso que vemos. " ****************** O artigo A miséria moral de ex-esquerdistas pode ser lido como uma contundente análise do sociólogo Emir Sader aos discursos e à prática de alguns dos presentes no encontro do Instituto Millenium, e que um dia defenderam posições ideológicas e posturas de vida completamente opostas às que abraçam hoje.
Trecho: "Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente."
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Ainda nessa seleção de textos que tratam de questões especificamente nacionais, vale conhecer um pouco mais da história e da atual situação da Escola Florestan Fernandes, combativo centro de formação idealizado, criado e mantido pelo MST, mas que é aberto a toda e qualquer entidade ligada à luta popular. Veja na matéria Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores.
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Ainda nessa seleção de textos que tratam de questões especificamente nacionais, vale conhecer um pouco mais da história e da atual situação da Escola Florestan Fernandes, combativo centro de formação idealizado, criado e mantido pelo MST, mas que é aberto a toda e qualquer entidade ligada à luta popular. Veja na matéria Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores.
Trechos: "A escola oferece cursos de nível superior, ministrados por mais de 500 professores, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos. Além disso, cursos de especialização, em convênio com outras universidades (por exemplo, Direito e Comunicação no campo). (...)
(...) Claro que esse processo provocou a ira da burguesia e de seus porta-vozes "ilustrados". Não faltaram aqueles que procuraram, desde o início, desqualificar a qualidade do ensino ali ministrado, nem as "reportagens" sobre o suposto caráter ideológico das aulas (como se o ensino oferecido pelas instituições oficiais fosse ideologicamente "neutro"), ou ainda as inevitáveis acusações caluniosas referentes às "misteriosas origens" dos fundos para a sustentação das atividades. As elites, simplesmente, não suportam a ideia que os trabalhadores possam assumir para si a tarefa de construir um sistema avançado, democrático, pluralista e não alienado de ensino. Maldito Paulo Freire!".
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Finalizando, no blog do Miro, o texto Veja apela para bandidos traz um análise precisa de como já estão sendo eficientemente colocadas em prática as diretrizes elaboradas no Fórum do Instituto Millenium:
Trecho: "A Casa Millenium, que reúne a lama da direita midiática nativa, deveria instituir um prêmio para os seus freqüentadores mais sádicos. A revista Veja já é uma forte concorrente. Logo após o seu convescote, ela já produziu duas capas espalhafatosas contra a campanha de Dilma Rousseff."
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